A onda de apoio e solidariedade à jornalista e ex-deputada do PCdoB, Manuela d’Ávila, contra os ataques dirigidos a ela e à sua filha de apenas cinco anos vem crescendo e envolvendo, também, entidades e associações do meio sindical.

“Manuela tem enfrentado bravamente os crimes de ódio e as campanhas difamatórias, o que engrandece a sua referência política na juventude e nas forças progressistas. A onda conservadora que levou Jair Bolsonaro à presidência, que liberou as expressões mais viscerais do ódio de classe, de gênero e de raça, repulsa cada dia mais a sociedade”, destacou o Sindicato dos Auxiliares de Administração Escolar da Região Sul de Minas Gerais (SAAESUL/MG).

Nota Sindicato apoio Manuela

O Sindicato dos Metroviários de São Paulo rechaçou os ataques e salientou: “Nesta sociedade tão machista, que valoriza a cultura do estupro, é muito difícil ser mulher, líder e se destacar. Estaremos na luta para mudar esta sociedade doente, que usa o ódio e a intolerância contra as mulheres”.

O Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul (RS) também emitiu nota na qual aponta: “Tais ações devem ser rigorosamente investigadas e os criminosos punidos. Não podemos admitir a disseminação da violência, reforçada pela cultura do ódio, da intolerância e que detém alto teor antidemocrático”.

O Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) escreveu: “O ataque à ex-deputada é uma ação criminosa, que tenta anular e intimidar pessoas com posicionamento político divergente do projeto fascista em curso no Brasil. É uma violência contra as mulheres e sua participação na política, contra as crianças e adolescentes e, também, um ataque à democracia”.

O Coletivo de Mulheres da Associação de Funcionários do Ipea destacou: “Somos muitas e exigimos a atuação célere da polícia para apurar as ameaças sofridas por Manuela d’Avila, bem como a punição condizente dos agressores. Nos queremos vivas!”. Também assinaram a nota: Assecor, Arca, Associação Brasileira de Economistas pela Democracia, Advogados e advogadas públicos pela democracia, Associação Brasileira de Juristas pela Democracia e Associação de Médicos e Médicas pela Democracia.

O Sindicato dos Trabalhadores da Educação Básica, Técnica e Tecnológica do Estado do Paraná colocou: “Fascistas, machistas, racistas, fundamentalistas devem ser combatidos pois são eles que dão força à necropolítica do presidente da qual estamos a cada dia mais reféns. Precisamos combater cada discurso excludente, cada postura racista, cada piada machista para não engrossar esse caldo e dar força ao inimigo do povo. Somente a classe trabalhadora pode esmagar o fascismo. Fiquemos unidos e conscientes”.

Cartas e Notas de Apoio 

Dentre outras entidades, também manifestaram publicamente seu apoio a Manuela e seu repúdio aos que a atacam: Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico; Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social; Sindicato dos Químicos de Barcarena; Sindicato dos Farmacêuticos do Ceará; Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado do Paraná; Sindical dos Docentes do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais; Sindicato dos Trabalhadores da Educação Municipal do Município de Divinópolis; Instituto Cultiva; CTB Educação – Apeoesp e Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Uberlândia e Araguari.

Nota Sindicato apoio Manuela

NOTA DE SOLIDARIEDADE À MANUELA D (1)

CARTA APOIO MANU 04 DE JUNHO 2021

Novas manifestações

Ao longo dos últimos dias, as entidades sindicais seguiram manifestando seu apoio a Manuela. O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) declarou: “Não há nada de natural nesse ambiente de ódio que vivenciamos e que produziu essa agressão a Manuela D’Ávila e sua filha. Há uma conexão direta desses fatos com a política genocida que impera hoje no Brasil. Lembremos que Manuela foi a oponente direta de Bolsonaro no último processo eleitoral e já naquele período sofreu inúmeros ataques machistas amplamente repercutidos pelo(a)s apoiadore(a)s do atual presidente”.

A CTB do Amazonas apontou: “A violência política contra mulheres que se destacam ou pleiteiam os espaços de poder e decisão atinge todas as mulheres independentemente dos espaços onde escolherem estar. Porque sempre foi sobre nós!”.

O Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro-MG) destacou: “Uma atitude desumana, cruel, cujos responsáveis devem responder na Justiça pelos atos criminosos. Merece o forte repúdio de todos e não pode ficar impune, como tem ocorrido em inúmeros casos semelhantes”.

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-REDE/BH) colocou: “O Sind-REDE/BH repudia veementemente toda e qualquer violência contra a mulher principalmente quando ela é direcionada à crianças e no ambiente escolar, que precisa representar cuidado e proteção”. 

O Sindicato dos Metalúrgicos de Betim, Igarapé e São Joaquim de Bicas (MG) também se manifestou: “O acirramento da extrema-direita estimula esse tipo de violência, que causa danos coletivos, alimenta medo e terror, típicos do bolsonarismo no país”.

Nota Andes

Nota Metalúrgicos Betim e Região 

A Fitmetal (Federação Interestadual de Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil) também enviou nota de apoio. “Com o bolsonarismo e a pandemia de Covid-19, a violência contra as mulheres – incluindo a violência política de gênero – cresceu. Mas também há de crescer cada vez mais nossa união contra o atraso, o fascismo e a misoginia. A categoria metalúrgica se soma aos milhões de brasileiros e brasileiras que estão com Manuela D’Ávila. Das fábricas para as ruas e para as redes, levamos nossa voz de solidariedade, respeito e admiração. #ForçaManu #ForaBolsonaro, diz a nota da Fitmetal.

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(Notícia foi atualizada no dia 9/6 para acréscimo de informações)

Por Priscila Lobregatte