Marcelo Freixo diz que operações policiais no Rio “serão planejadas”
Marcelo Freixo (PSB), candidato ao governo do Rio de Janeiro, participou da sabatina realizada pelo portal G1, nesta terça-feira. Ele defendeu a redução da letalidade policial e prometeu Bilhete Único a R$ 7 com três viagens no estado.
“A minha política de segurança vai ser pelo número de pessoas vivas”, disse Freixo.
O pessebista apresentou o Projeto Prosperidade, inspirado na Região Metropolitana da Cidade do México. “Nós vamos colocar isso em 10 lugares no primeiro ano. Tem esportes, cultura, assistência. Está integrado à rede pública. Você faz uma redução de letalidade, uma redução da violência”, defendeu.
Freixo disse também que as operações policiais “vão ser planejadas e precisam ser controladas”. “Ela não pode ser banalizada. Um sucesso de política pública de segurança não pode ser o número de pessoas mortas”, disse.
“Então, por exemplo, você tem uma guerra de facção acontecendo ou uma invasão de milícia, uma invasão de tráfico. É óbvio que a polícia tem que entrar. Com responsabilidade, é uma medida, mas não é a única e nem a primeira”, detalhou.
“A polícia é obrigada a entrar por lei. Cabe à polícia proteger a vida das pessoas”, destacou.
Drogas
Marcelo Freixo também respondeu ao questionamento sobre a sua posição com relação à legalização das drogas. Ele destacou que mudou de opinião ao “a partir de escutar a sociedade”.
“É um momento muito sério o que vivemos. Eu não posso concordar com nada que dívida ainda mais a sociedade brasileira. Hoje tem pai que não fala com filho, irmão que não fala com irmão. Qualquer assunto que nos remeta a dividir ainda mais a sociedade, eu não sou favorável nesse momento. O momento é de diálogo”, comentou o candidato.
“(ser a favor da legalização) só cria uma impossibilidade de diálogo na sociedade em um momento que a gente tem que superar tanta coisa. Eu não acho que seja um defeito você mudar de opinião. É necessário você saber ouvir as pessoas”, completou.
Freixo afirmou ainda que mudar de opinião sobre a legalização das drogas não quer dizer que ele seja a favor à ‘guerra às drogas’.
“O que não quer dizer que eu seja favorável a guerra, a morte a letalidade. Muito pelo contrário. Sou contra. Agora, eu não posso ser favorável a uma legalização que vai nesse momento dividir a sociedade e que não é papel do governador”, disse Freixo.
Metas
Freixo disse ainda fazer um convênio com a Marinha “para fiscalizar a Baía de Guanabara, por onde boa parte das armas entra”, e outro com a Polícia Rodoviária Federal “para fiscalizar as rodovias”.
O deputado também falou de “metas civilizatórias”. “São metas para a redução de letalidade, redução de feminicídio. E aí você vai estudar isso por região. Tem algumas regiões que o grande problema é latrocínio, em outras já é violência contra a mulher. Você tem que ter um mapa da violência em cada região”, explicou.
Transporte
Freixo disse que irá reduzir o Bilhete Único de R$ 8,55 para R$ 7, dando direito a três viagens no período e criticou a Supervia. “É sinal de desrespeito permanente. As estações estão abandonadas, várias delas estão dominadas pelo tráfico ou pela milícia. Isso é inconcebível. Claro que nós vamos colocar a polícia permanente. Não dá. O estado vai retomar isso e vai ter investimento”, falou.
O deputado propôs criar “uma autoridade metropolitana capaz de tomar decisões pensando no conjunto de municípios”.
“A autoridade metropolitana tem que tomar as decisões corretas de planejamento, porque um município não resolve a Supervia”, exemplificou.
“Você tem 270 km de Supervia, 104 estações. Você mexe com 11 municípios. O governador cria uma autoridade metropolitana, senta-se com a concessionária, senta-se com os empresários de ônibus e cria um planejamento de um transporte de linhas auxiliares”, disse.
Freixo disse que a Linha 3 do metrô, para Niterói e São Gonçalo, é prioridade, mas “é muito cara e depende do governo federal, do BNDES”.
O candidato defendeu terminar a extensão da Linha 2 até a Carioca e a Praça 15, “que já está adiantada”, e resolveria o “gatilho das Barcas”.
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