Mário Fonseca é advogado e pré-candidato pelo PCdoB a prefeitura de Campo Grande-MS

No programa Vozes da Cidade da última quinta-feira (18), o pré-candidato do PCdoB à prefeitura de Campo Grande, Mário Fonseca, defendeu que no pós-pandemia será fundamentar usar da criatividade para desenvolver Campo Grande, tanto do ponto de vista econômico quanto urbanístico.

Por Lívia Duarte

“Temos que pensar o papel do poder público e da iniciativa privada, pensar em parcerias”, defendeu, afirmando que a capital do Mato Grosso do Sul pode investir em construção civil, setor que gera muitos empregos. Mas isso deve ser feito de forma que a cidade “cresça pra dentro”, tanto para ocupar seus espaços vazios quanto para garantir a infraestrutura de que é carente, especialmente nos bairros periféricos.

Morador do Jardim Santa Emília, um dos bairros periféricos de Campo Grande, Mário Fonseca conhece bem os problemas dessas comunidades. Lembra que seu bairro foi criado há 40 anos com a promessa de asfalto e esgotamento sanitário, que ainda não chegaram. Frisou que problemas assim “aumentam os custos da vida na cidade”, por exemplo, com o alto número de vítimas de endemias, como a dengue.

Mário Fonseca é advogado e membro da coordenação da Associação de Advogados e Advogadas pela Democracia (ADJC) de Mato Grosso do Sul. Sua trajetória política começou ainda na adolescência, e já soma 30 anos de filiação ao PCdoB. Foi candidato pela legenda a deputado federal, a vice-prefeito de Campo Grande e, agora em 2018, a Senador: nesta última eleição reuniu mais de 30 mil votos em todo o estado. Presidiu o partido na capital e no Mato Grosso do Sul em diversas ocasiões. Atualmente, é secretário estadual de organização.
Coronavírus

No Vozes da Cidade, Mário Fonseca opinou que “sem defender a democracia e a vida, não tem como seguir defendendo outras bandeiras”. Ele explicou que a situação fica especialmente clara diante da presidência de Jair Bolsonaro, que nem valorizou a vida, apoiando o isolamento social, e nem a economia, visto que até hoje muitos ainda não receberam o auxílio emergencial de R$ 600 aprovado pelo Congresso Nacional e as empresas pequenas e médias estão à deriva, sem acesso à crédito para honrar compromissos.

Na luta contra a sabotagem de Bolsonaro ao povo, Mário Fonseca escreveu uma carta à população e ao prefeito de Campo Grande, apoiando as medidas restritivas implementadas na primeira hora e reforçando a necessidade de olhar para os mais vulneráveis, que vivem na periferia e mesmo nas ruas.

“A carta teve boa repercussão, maior até do que o esperado”, comentou, explicando que a iniciativa relaciona-se ao chamamento do PCdoB por diálogo.

“Tinha a linha que vem sendo trabalhada pelo nosso partido e por outras forças no sentido de combinar a defesa da economia e da vida. O problema é que o negacionismo e a sabotagem de Bolsonaro e de sua base mais radicalizada impactou aqui em Campo Grande, como em tantas cidades. Hoje a gente vê a cidade como se estivesse tudo normal. Vemos setores que seguem a onda do obscurantismo, querendo abrir boate, boate abrindo. As pessoas dizem que o prefeito relaxou, acho que a crítica tem razão em parte, mas só o município não vai conseguir segurar (a quarentena). Sem a unidade nacional, sem o presidente da República e passando pela união de todos os brasileiros não tem como segurar”, analisou.

Movimento 65

Mário Fonseca explicou que o ritmo da vida precisou mudar, mas a adaptação foi feita para que os debates possam seguir da melhor maneira.

“Nosso partido debateu isso de maneira séria, correta e responsável. Precisamos defender o isolamento social e não podemos sair por aí e manter o ritmo de pré-campanha anterior”, comentou, dizendo que por isso o uso das redes sociais tem sido fundamental para falar “para dentro e para fora da legenda”.

“Conseguimos aqui pela primeira vez montar uma chapa completa de vereadores. O Movimento 65 ajudou na construção vitoriosa, com grande participação de pessoas do campo da educação pública. Há também representantes dos movimentos – comunitário, negro, da cultura, LGBT, de mulheres -, também lutadores da ocupação urbana. Enfim, uma chapa representativa da nossa sociedade, incluindo o pequeno empresário que está abandonado por Bolsonaro, sentindo na pele os efeitos da crise econômica. É uma chapa de perfil bastante diversificado e representativa, com gente com história de luta em suas comunidades. Acreditamos que temos chance de eleger os primeiros do PCdoB vereadores aqui”, analisou.

Assista a entrevista completa:

Vozes da Cidade 

Vozes da Cidade é o programa do PCdoB para as redes sociais que busca debater a realidade dos municípios e a cidade democrática que pretendemos construir. É transmitido ao vivo pelas redes sociais do partido. Acompanhe seguindo no Facebook e marcando o sininho em nosso canal no Youtube.

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