Presidenta do PCdoB, Luciana Santos no Congresso da UNE

As saídas para a crise política e econômica que o Brasil atravessa desde o golpe que derrubou a presidenta Dilma Rousseff requer unidade de amplas forças, foi o que apontaram as falas das lideranças políticas, sindicais e estudantis, dirigentes do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), durante o 55º Congresso Nacional da UNE (Conune) realizado entre os dias 14 e 18 de junho, em Belo Horizonte (MG).

Durante a primeira mesa do Congresso intitulada “A luta pela Democracia e as Diretas Já”, a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) acrescentou que “as mulheres fizeram parte de todas as grandes lutas do país. As lutas revolucionárias, libertárias e por independência”.

Segundo a parlamentar, que é vice-líder da Oposição ao governo Temer na Câmara dos Deputados, o papel das mulheres nas conquistas sociais e neste cenário é ”fundamental”. “As mulheres têm sido protagonistas também na batalha atual”, disse.

De acordo com nova presidente da UNE, Marianna Dias é tempo de transformar o país, mas que isto se dará apenas “se tivermos muita unidade”, disse. “Eu tenho a convicção que com a força de sete milhões de universitários desse Brasil nós seremos vitoriosos”, afirmou Marianna em seu discurso da vitória, diante do Ginásio Mineirinho lotado.

Entre articulações e debates, estudantes de todo o país acompanharam 36 mesas de discussão realizadas na Universidade Federal de Minas Gerais.

Manifestações pelo afastamento de Michel Temer e por “Diretas Já” foram realizadas na tenda do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e no espaço da União da Juventude Socialista (UJS). Na sexta-feira (16), a presidente nacional da legenda, deputada Luciana Santos (PE), afirmou que é preciso lutar por uma educação plural, enterrando de vez o projeto de desmonte do ensino público.

“A UNE sempre entendeu que a luta pelos direitos da juventude não se dará apenas dentro dos muros das universidades, ela se dará na luta política. Vamos enfrentar este golpe com todas as nossas forças! Somos da escola que acredita que o sentido da liberdade está relacionado diretamente ao conhecimento”.

A presidente do PCdoB acrescentou que é atenção com a agenda do Congresso Nacional.  “Precisamos aprovar a Proposta de Emenda à Constituição que autoriza a realização de eleições diretas e a greve geral do dia 30. Acompanhar todas as lutas dos patriotas que defendem o nosso país”, disse Luciana Santos.

Lembrando as lutas dos jovens da UJS por democracia, a deputada federal Jô Moraes (PCdoB-MG), fez um chamamento para este novo momento. “Há trinta anos eles foram perseguidos e presos, hoje estão nesta alegria e liberdade que vemos aqui. Fico feliz de ter participado desta história e ver a juventude disposta nas ruas novamente, vamos para as ruas”, disse.

Diretas Já

Em ato pelas Diretas Já, que tomou a Praça da Estação (Belo Horizonte) na noite de sexta, o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo reforçava a necessidade de uma frente ampla pela democracia brasileira e a retomada do crescimento econômico.  “A reforma da CLT, da previdência e a terceirização generalizada impactam diretamente na vida destes jovens”, reforçou.

“Queremos fazer valer o restabelecimento da democracia e dos direitos do povo. Por isto, levantamos a bandeira das eleições diretas para presidente da República. É um fator determinante para colocar em prática uma nova ordem no país”, disse o dirigente da CTB. O protesto contra o presidente Michel Temer e a favor de eleições diretas levou milhares de estudantes, artistas, intelectuais e políticos para o centro da capital mineira.