Senador Fernando Bezerra (MDB-PE), líder do governo no Senado.

O ministro do STF, Luís Roberto Barroso, recusou o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para arquivar o processo de corrupção contra o líder do governo Bolsonaro, senador Fernando Bezerra (MDB-PE).

A Polícia Federal indiciou Bezerra por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica por ter recebido, entre 2012 e 2014, R$ 10,4 milhões de propina de empreiteiras.

Na época, Fernando Bezerra era ministro da Integração Nacional do governo de Dilma Rousseff.

A PGR disse que não foram levantadas provas do crime e pediu ao STF que a ação seja arquivada. O ministro Barroso entendeu que os fatos não envolvem o atual mandato de senador de Bezerra e enviou o caso para a Justiça Federal de Pernambuco.

A Polícia Federal apontou, em relatório, que Fernando Bezerra favoreceu empreiteiras que lhe pagaram propina nas obras da transposição do Rio São Francisco.

O relatório conclui “haver provas suficientes da materialidade de diversas práticas criminosas nos eventos investigados neste inquérito”.

O atual líder do governo Bolsonaro no Senado recebia os valores através de empresas e pagamentos de suas despesas. Durante a investigação, a PF encontrou um e-mail de uma empreiteira avisando Fernando Bezerra que as despesas de seus advogados tinham sido pagas.