O Comitê Central do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) reunido, virtualmente, na sexta-feira (10) e sábado (11) aprovou um conjunto de resoluções sobre a vida partidária. A resolução 005/2020 diz respeito ao Plano bienal do PCdoB para 2020 e 2021.

O documento ressalta em sua apresentação a conjuntura de instabilidade e incerteza política vivida no país e afirma que diante dessa realidade, “o PCdoB rapidamente se adaptou para assegurar o funcionamento das instâncias e organismos partidários”. Nesta esfera, o planejamento pode contribuir ainda mais para uma “ação organizada, efetiva e articulada da partidária”.

O texto destaca que o plano de ações 2020/2021 do Partido foi elaborado pelas secretarias e debatido nas variadas áreas de luta de ideias e de massas, de Estruturação Partidária, na presidência e vice-presidência, no âmbito institucional e eleitoral e “assegura as interfaces e a integração” do trabalho, “passo fundamental para garantir sinergia e produzir efetividade nas nossas ações”.

Confira a íntegra do documento:

Resolução Nº 005/2020 – CC/PCdoB    

 Aprova o Plano Bienal PCdoB 2020/2021

 Se planejar é sinônimo de conduzir conscientemente, então não existe alternativa ao planejamento. Ou planejamos ou somos escravos da circunstância. Negar o planejamento é negar a possibilidade de escolher o futuro”.  Carlos Matus

I. Apresentação 

Vivemos um momento político de muita instabilidade e incerteza em nosso país conjuminando crise política, institucional e econômica provocadas pelo governo de caráter fascista de Bolsonaro, agravado pelo cenário de pandemia mundial onde o Brasil configura entre os países com maior número de infectados e óbitos decorrentes do novo coronavírus.

Iniciamos o ciclo do Plano 2020/2021 imergidos nessa realidade, marcada pelo distanciamento social e por busca de novas formas de trabalho, de estudo, do encontro com familiares e amigos, de funcionamento das instituições, do fazer partidário.

O PCdoB rapidamente se adaptou para assegurar o funcionamento das instâncias e organismos partidários, a mobilização de militantes e filiados, a construção do projeto eleitoral, o protagonismo partidário e de suas lideranças na construção de uma Frente de Salvação Nacional em defesa da vida, da democracia e do emprego.

Esse “novo normal” não tem data definida para acabar e exige estarmos preparados como dirigentes partidários para enfrentar os desafios postos nesse ambiente de incertezas.

Diante desta realidade o Planejamento contribui para uma ação organizada, efetiva e articulada da direção partidária.

O Plano de Ações 2020/2021, elaborado pelas secretarias e debatido nas grandes áreas (Luta de Ideias, Luta de Massas, Estruturação Partidária, Presidência/Vice-presidência/Institucional/Eleitoral) assegura as interfaces e a integração do nosso trabalho, passo fundamental para garantir sinergia e produzir efetividade nas nossas ações.

II – O foco

  • Construção de uma Frente Ampla de Salvação Nacional, em oposição ao governo Bolsonaro:
  • Em defesa da vida
  • Em defesa da democracia
  • Em defesa do trabalhador, do programa de renda mínima, dos direitos sociais, das pequenas e médias empresas
  • Em defesa de uma agenda econômica de retomada do crescimento
  • Projeto Eleitoral 2020/2022
  • Ênfase na estruturação partidária, preparando todo o partido para exercer protagonismo na luta de ideias, na luta de massas, na frente institucional e parlamentar, na preparação das comemorações do Centenário e na realização do 15º Congresso, com prioridade para a Comunicação e a autossustentação financeira do Partido.

Essa Agenda está expressa em 8 (oito) Projetos Estratégicos e 62 (sessenta e duas) Ações derivados do processo de acúmulo e formulação tática do Partido, desde a realização do 14º Congresso, das Resoluções do Comitê Central e da assimilação do novo contexto político, conforme o anexo com projetos, ações e tarefas.

III- A execução

No processo de execução do Plano serão atribuídos indicadores com vistas ao processo de monitoramento e avaliação permanentes.

O objetivo é assegurar a máxima eficácia, eficiência e efetividade das ações propostas, encurtar o caminho entre a tomada de decisão e a  execução.

Um Plano necessariamente requer flexibilidade tática, para isso, precisa ser objeto de permanente acompanhamento e revisão, face alterações no contexto político e/ou material que incidem sobre a capacidade e a viabilidade de sua consecução, esses ajustes ficam delegados a Comissão Política Nacional e a Comissão Executiva Nacional.

A execução orçamentária deve estar em consonância com o planejamento estratégico 2020/2021, para tanto a secretaria Nacional de Administração e Finanças, em conjunto com a secretaria de planejamento, vinculará a autorização de despesas e investimentos ao apresentado no Plano 2020/2021, resguardados os ajustes.

O Plano está sujeito as contingências financeiras.

Brasília, 11 de julho de 2020.

Comitê Central do Partido Comunista do Brasil

Documento em PDF

Outras resoluções

Na reunião do Comitê Central foram aprovadas ainda outras resoluções, do trato político: “Salvar vidas e preservar a democracia exigem a saída de Bolsonaro”, a resolução que trata dos critérios de distribuição do Fundo Eleitoral, o documento sobre a Campanha de Estruturação Partidária e a emenda que altera o regimento interno partidário.