Moraes pede à PF que investigue suposto ataque hacker ao STF
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou à Polícia Federal que abra inquérito para apurar um possível ataque hacker ao site da Corte.
Na última quinta-feira, dia 6 de maio, o site do Supremo ficou inacessível e o problema perdurou até parte do dia seguinte. Na sexta (7), em nota oficial, o tribunal informou que a página tinha sido retirada do ar para uma investigação do motivo da instabilidade no sistema.
De acordo com o STF, não houve comprometimento de informações sigilosas, mas a PF foi acionada para apurar o caso.
Alexandre de Moraes foi designado relator do caso, em razão de haver indícios de uma conexão entre esse ataque e os fatos investigados nos inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos, que apuram uma rede de disseminação de notícias falsas e ameaças a integrantes do Supremo. Os principais alvos dos inquéritos são pessoas próximas ao governo Bolsonaro.
Segundo matéria na “Folha de S.Paulo”, o caso corre sob sigilo e o inquérito está sob a responsabilidade da Diretoria de Inteligência Policial. Investigadores confirmaram, reservadamente, apurar a conexão de pessoas já sob o foco do Supremo e o ataque cibernético.
As assessorias de Comunicação do STF e da PF se limitam a confirmar a instauração do inquérito e a relatoria de Moraes. “Trata-se de ameaça ao Supremo e os fatos são conexos e podem ser relacionados com a apuração em andamento nos inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos”, afirma o Supremo.
O tribunal informou que alguns serviços no portal vêm sendo restabelecidos gradualmente. O acesso à homepage e os serviços mais importantes, como o acompanhamento processual, pesquisa de jurisprudência e a divulgação da pauta de julgamentos, foram normalizados.
Outras páginas internas seguem em manutenção e devem ser restabelecidas para usuários externos gradualmente nos próximos dias.