A pré-candidata do PCdoB à Presidência da República, Manuela D’Ávila participou do ato “1° de Maio da Resistência”, na Praça da República, região central de São Paulo e lembrou que a 800 metros dali ocorreu uma fatalidade na madrugada dessa terça-feira (1º).
Para Manuela, com a intenção de criminalizar os movimentos de luta pela moradia, estão circulando mensagens responsabilizando os ocupantes do prédio que pegou fogo no Centro de São Paulo. “Moradores que lutam e buscam um lugar para dormir tranquilo à noite”, enfatizou Manuela. “Eles viveram uma grande tragédia e estão dizendo que a culpa era deles”, protestou a pré-candidata comunista.
Manuela criticou mais uma vez o governo ilegítimo e sua agenda ultraliberal que apresentou a proposta de lei aprovada pelo Congresso Nacional em dezembro de 2016, também conhecida como “Teto dos Gastos” que congela por vinte anos as despesas primárias, como nas áreas da Saúde e da Educação. “Quando existe um trabalhador que não tem teto e ocupa um lugar desfavorável é culpa de quem? Do estado, daqueles que aprovaram a emenda constitucional 95, daqueles que dizem que o Brasil já investe o suficiente em políticas sociais”.
A pré-candidata lembrou das medidas de destruição do Estado que reflete na classe trabalhadora. “Se há uma brasileira ou um brasileira sem teto. Se existem quase 2 milhões de família que passaram a cozinhar com lenha, porque não conseguem pagar o gás, se aqui em São Paulo existem 700 mil pessoas que vivem com menos de R$ 180,00 é porque nós vivemos no país que sofreu um golpe, que destruiu a CLT e que mantém Lula preso”, disse, sendo bastante aplaudida.
Para mudar este cenário, Manuela propõe que é preciso construir alternativas para que o Brasil possa se desenvolver, mas com valorização do povo. “Essas alternativas passam pela revogação da reforma trabalhista, pela nossa luta para impedir a reforma da previdência, pela nossa luta para que a política de aumento do salário mínimo seja atualizada. Mas passam também por nós sabermos que a mais alta voz nossa está hoje preso em Curitiba. É por isso que precisamos gritar Lula Livre, viva a resistência das trabalhadoras e trabalhadores”, conclamou com punho em riste. Após seu pronunciamento, Manuela seguiu para o ato unificado das centrais em Curitiba-Paraná.
A atividade foi promovida pelas centrais sindicais: Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Intersindical e pelo conjunto de entidades do movimento social reunidos na Frente Povo sem Medo e Frente Brasil Popular e contou com a participação expressiva de dirigentes e militantes do PCdoB São Paulo.
Representando o PCdoB, participaram ainda dos atos ao lado da presidenciável comunista, a senadora Vanessa Grazziotin (AM) e a deputada federal, Jandira Feghali (RJ). Nesta foto, ao lado da presidenta nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), senadora  Gleisi Hoffmann e parlamentares petistas. | Foto: Francisco Proner Ramos.

 

Poucas razões para comemorarmos
Em postagem nas redes sociais, Manuela frisou que acredita que “existem poucas razões pra comemorarmos esse 1º de maio: um incêndio mata um trabalhador sem teto e deixa outros tantos sem ter onde viver, vivemos com a reforma trabalhista que aumenta a jornada, diminui salário e retira direitos, o primeiro presidente operário do país está preso sem nenhuma prova”.
Mas, segundo Manuela, “é também momento de refletirmos sobre a possibilidade de construirmos um projeto para o Brasil que pense o desenvolvimento com valorização do trabalho, um caminho democrático. Se as trabalhadoras e trabalhadores tudo produzem, também podemos tomar o rumo do Brasil em nossas mãos e garantirmos um futuro de desenvolvimento e combate à desigualdade”.
Confira a participação da Manuela no ato em São Paulo, no vídeo abaixo:

 

Matéria atualizada às 12h para acréscimo de informações.