O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, rebateu os novos ataques de Bolsonaro a ministros da Corte.

Em nota, Fux declarou que o STF “rejeita posicionamentos que extrapolam a crítica construtiva e questionam indevidamente a idoneidade das juízas e dos juízes da Corte”.

Bolsonaro disse, sem provas, que Aécio Neves venceu as eleições de 2014 e acusou o ministro Luís Roberto Barroso de se articular contra o voto impresso.

Aécio concorreu no segundo turno com a ex-presidente Dilma Rousseff, e perdeu a eleição.

“O Aécio foi eleito em 2014. Não vou entrar no mérito de quem é o melhor… Mas o que as urnas apontaram dado esse levantamento feito ao TSE deu Aécio Neves em 2014″, disse Bolsonaro, em entrevista à Rádio Guaíba.

“A democracia se vê ameaçada por parte de alguns de toga que perderam a noção de onde vão seus deveres e direitos. Quando você vê o ministro Barroso ir ao parlamento negociar com as lideranças partidárias para que o voto impresso não fosse votado na comissão especial, o que ele quer com isso? Fraude nas eleições”, continuou Bolsonaro.

O desespero de Bolsonaro aumentou com a maioria dos partidos declarando apoio à urna eletrônica e rejeitando o voto impresso. Além do mais, a queda do apoio popular aumenta a cada dia e sua esperança de reeleição afunda. Sua narrativa de “fraude nas urnas” é para justificar sua derrota iminente e esconder sua intenção golpista.

Vislumbrando a sua derrota nas eleições em 2022, Bolsonaro insinuou que “nosso lado pode não aceitar o resultado”, ameaçando golpe se for derrotado.

“O Supremo Tribunal Federal ressalta que a liberdade de expressão, assegurada pela Constituição a qualquer brasileiro, deve conviver com o respeito às instituições e à honra de seus integrantes, como decorrência imediata da harmonia e da independência entre os Poderes”, continua a nota de Fux.

O texto de Fux teve o apoio da maioria dos ministros do STF.