O presidente estadual do PCdoB na Bahia, Davidson Magalhães, comentou a decisão do Partido de fechar aliança com o PT para o primeiro turno das eleições presidenciais deste ano. Para ele, a chapa, que terá a comunista Manuela d’Ávila como vice, não representa a necessária frente política ampla defendida pelo PCdoB, mas acabou se tornando a ‘unidade possível’ no momento.

A necessidade de uma frente dos partidos mais alinhados à esquerda foi defendida pelo PCdoB no 14º Congresso, realizado no ano passado. “O PCdoB avaliou que, para nós retomarmos o governo central do Brasil e continuarmos uma política de desenvolvimento com inclusão social, era necessário formar uma frente política ampla. Infelizmente, essa frente não se materializou”, explicou o presidente.

Dadas as condições políticas do momento, a aliança PT/PCdoB surge como uma possibilidade real de combater as candidaturas da direita, pela força de Lula. “Diante da unidade da direita em torno do [Geraldo] Alckmin e com a força da extrema-direita com [Jair] Bolsonaro, nós vimos que tínhamos que fazer a unidade possível. A unidade possível é no campo representado pelo ex-presidente Lula”, continuou Davidson.

A estratégia, ainda segundo o presidente do PCdoB-BA, é de tentar construir a frente ampla no segundo turno. “Essa é a possibilidade que nós temos neste momento de disputar a eleição no primeiro turno e passar para o segundo turno. Quem sabe no segundo turno consigamos ampliar essa frente política para derrotar essas forças golpistas no Brasil”, finalizou.