A líder do PCdoB na Câmara, Alice Portugal participou do 5º Encontro Estadual de Mulheres do PCdoB Bahia, neste último fim de semana (22 e 23). A atividade, realizada no auditório do Sinpojud, em Salvador, discutiu as teses do 14º Congresso Nacional do PCdoB que acontecerá em Brasília entre 17 e 19 de novembro. Foram debatidos temas como a organização da participação das comunistas na luta por direitos, no combate às desigualdades de gênero e na ampliação da ocupação nos espaços de decisão.

“Nós somos a maioria da população brasileira, mas somos minoria nos espaços de poder. Nós tivemos um golpe no país, contra uma mulher. E agora somos as principais vítimas das reformas trabalhista, previdenciária e política.  São reformas conservadoras e machistas. Precisamos reagir”, afirma Alice.

A secretária nacional de Mulheres do PCdoB, Liege Rocha, apresentou a tese do partido, que trata, em um dos seus tópicos, da valorização do papel das mulheres na estrutura partidária, nas ações políticas e no fortalecimento do protagonismo feminino em todas as esferas da vida da nação. “Quando acontece o retrocesso da democracia, a condição da mulher não avança.  Precisamos assegurar mais representatividade, mais autonomia na família e equidade no trabalho.”

Hoje, no PCdoB Bahia, dos 48.713 total de filiados (as) no Sistema Rede Vermelho, 19.533 são mulheres, o que equivale a 40% dos filiados (as), mas nas 17 cidades acima de 100 mil habitantes, apenas 6 são dirigidas por mulheres. Nas 31 cidades acima de 50 mil habitantes, só 7 são dirigidas por mulheres. Dos 13 prefeitos eleitos (as), temos 1 mulher. Entre 211 vereadores eleitos (as), 23 são mulheres, o que equivale a apenas 10,9%. Dos 18 vice-prefeitos (as), 3 são mulheres. “Ainda encontramos reuniões do partido sem a presença de mulheres. Nós precisamos nos comprometer e participar para garantir essa representatividade, precisamos construir quadros políticos femininos”, disse Daniele Costa, secretária Estadual de Organização do Partido.

Para Julieta Palmeira, secretária estadual de Políticas para as Mulheres, a paridade dentro da estrutura partidária é fundamental. “Precisamos de atitude e educação para dar mais celeridade e superar as desigualdades de gênero. Nós precisamos buscar políticas estruturante para as mulheres, precisamos entender que democratizar o estado brasileiro implica em considerar uma reforma política que contemple as mulheres. Nós somos a maioria da população.”

Fonte: Ascom/Alice