Devido à falta de peças no mercado, a Volkswagen vai suspender os contratos de 1,5 trabalhadores da fábrica de São Bernardo do Campo, na região metropolitana de São Paulo, a partir de novembro.

O chamado “lay-off”, adotado pela empresa, pode durar de dois até cinco meses e, neste período, a unidade de produção deve funcionar com apenas um dos turnos.

O principal motivo é a falta de componentes elétricos, como os chips utilizados em partes eletrônicas dos automóveis, cuja reposição foi afetada pela pandemia.

Em vídeo divulgado nas redes sociais, o coordenador do Comitê Sindical (CSE) na Volkswagen, José Nogueira da Silva, o Bigode, informou a categoria.

“Mais uma vez vamos atravessar um momento muito delicado por falta de componentes eletrônicos no setor automotivo. Sabemos que não é só essa peça que está faltando no setor. A fábrica já anunciou que a partir de novembro vai atuar em um único turno”, disse Bigode no vídeo.

De acordo com a Anfavea (associação das montadoras) que revisou, neste mês, as previsões de produção para 2021, se houver uma regularização do fornecimento de peças, a projeção é de alta de 10% em comparação a 2020. Porém, se o cenário não for normalizado, o crescimento deve ser de apenas 6% ante o ano passado. Já a expectativa de vendas passou de alta de 13% no ano para possibilidade de queda de 1% até um crescimento de, no máximo, 3% por conta da falta de componentes para a indústria e fraqueza dos principais consumidores de veículos do Brasil, entre eles a Argentina.