Venezuela está unida contra ameaça imperialista dos Estados Unidos

O presidente da Comissão de Relações Internacionais do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), deputado Roy Daza, disse no 16º Congresso Nacional do PCdoB que seu país está unido contra os ataques imperialistas dos Estados Unidos.
O dirigente considera a situação grave, mas que será enfrentada com a união do povo.
“Há uma escalada na política de agressão dos Estados Unidos neste momento, uma escalada muito perigosa que tivemos que enfrentar e que estamos enfrentando nas diferentes frentes que esta batalha envolve”, diz.
Roy Daza explica que nunca antes o país foi cercado por três contratorpedeiros e cinco navios de guerra, além de um submarino nuclear, e 1.200 mísseis apontados para as cidades mais importantes do país.
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“Isso com a ameaça do presidente dos Estados Unidos há 48 horas de lançar ataques em terra”, alerta.
“Ninguém vai nos impor nada. Se alguma vez houve um consenso na Venezuela é agora. Sou muito mais velho do que vocês podem imaginar. E estou envolvido na política revolucionária de esquerda há muitos anos. E posso dizer que, com exceção da nacionalização do petróleo na década de 1970, nunca houve um consenso tão grande antes”, avisa.
O dirigente do PSUV diz que a pesquisas, até mesmo de direita, indicam que, entre 80% e 97% dos venezuelanos, dizem: “Eu não quero guerra”.
“Há poucos dias, um rapper, um jovem rapper, vestiu uma camiseta e disse: ‘Eu moro na Venezuela e não quero guerra’. Essa palavra, essa frase, tornou-se um sentimento nacional”, explica.
Daza diz que as manchetes em quase todos os meios de comunicação da Venezuela são sobre declarações de solidariedade internacional, inclusive como a feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Congresso do PCdoB, segundo a qual nenhum país deve dar “palpite” na Venezuela. Também repercutiram a fala de solidariedade da presidenta do PCdoB, Luciana Santos.
O dirigente diz que a Venezuela tem força política e unidade para resistir. “Sabemos também que podemos contar com a solidariedade, o apoio e o amor dos povos da América Latina, que se juntarão a nós em um novo feito heroico pela pátria venezuelana, a pátria de Bolívar”, disse.