As vendas no comércio varejista em agosto ficaram estagnadas. No varejo restrito o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registrou 0,1% na comparação com julho, praticamente ZERO, e no varejo ampliado, puxado pela queda nas vendas de automóveis e material de construção, o resultado foi de 0,0%, no mesmo período, segundo dados divulgados na manhã desta quinta-feira (10).
As vendas de veículos caíram 1,7% apenas na passagem de julho para agosto e, no caso de material de construção, a queda foi de 0,8%
De acordo com o IBGE, isso indica um perfil de consumo mais básico, “associada a classes de rendimento mais baixas da população”. O desemprego e subemprego juntos já respondem por 24,6% da população economicamente ativa, ou 27,6 milhões de brasileiros.
No varejo restrito (que exclui as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção), o resultado se deu pelo pequeno crescimento nas vendas de supermercados (0,6%) e de resultados negativos nas vendas de combustíveis e lubrificantes (-3,3%), tecidos, vestuário e calçados (-2,5%), móveis e eletrodomésticos (-1,5%) e artigos farmacêuticos (-0,3%).
“A variação negativa para esses tipos de produtos confirma que a população está dedicando mais seu orçamento às compras de primeira necessidade”, complementou Isabella Nunes, gerente da pesquisa.
Já a receita nominal de vendas no varejo restrito, sem descontar a inflação, teve queda de 0,2% em agosto, e o varejo ampliado ficou em 0,3%.
O IBGE também revisou para baixo os dados apresentados em julho sobre junho de 1%, conforme divulgado anteriormente, para 0,5%.