As vendas de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus tiveram em junho um resultado 9% abaixo do mês anterior, informou a Federação Nacional de Distribuidores de Veículos Automotores (Fenebrave) na terça-feira (2 de julho).
Sem esperar muito do mercado interno – desemprego recorde e arrocho na renda e no crédito – e dependente da exportação de automóveis especialmente para a Argentina, o setor viu no período o crescimento dos estoques refletindo os rumos da crise no país vizinho e no nosso.
Para todos os segmentos de automóveis o mês de junho teve resultados piores do que de maio. Os destaques são para as vendas de caminhões (-15,16%), automóveis (-8,79%) e motos (-18,34%). No caso dos caminhões, cujas vendas têm relação direta com o desempenho da economia, a entidade observa que “houve postergações das compras por conta do ambiente politico, o que gerou retrações nas vendas mensais”.
Apesar de os dados dos primeiros seis meses do ano terem superado os do ano passado (foram emplacados 1,3 milhão de veículos entre janeiro a junho, contra 1,16 milhão há um ano), a entidade revisou suas expectativas para o setor neste ano com o fechamento do semestre e “diante dos apontamentos políticos da atualidade”, conforme nota. Ante os 11,1% de crescimento nas vendas esperado em abril, a Fenabrave passou a prever crescimento menor no ano, de 8,3%.