Bárbara Destefani, blogueira de fake news

A “verificação” pelo Twitter de uma conta usada para divulgar fake news durante a pandemia fez com que usuários da rede social criticassem a plataforma e a acusassem de “apoiar fake news”.

Bárbara Destefani, responsável pelo perfil “TeAtualizei” no Twitter e no YouTube, é investigada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por compor a rede de disseminação de fake news sobre a pandemia e as vacinas, além de atacar opositores do governo Bolsonaro.

O Twitter concedeu ao perfil TeAtualizei o selo de verificado, que representa a autenticidade da conta, mesmo sabendo que Bárbara Destefani fez inúmeras postagens falando que as vacinas contra o coronavírus são maléficas para a saúde humana.

Em uma postagem de 21 de dezembro de 2021, ela falou que “chip para certificar vacinação tá sendo bem aceito pela galera do novo normal. Mas eu me pergunto e a pergunta é justa: será q esses chips futuramente n serão usados para barrar quem deve o banco? Quem tomou multa? Quem xingou alguma autoridade no twitter?”.

Ela também afirma que o passaporte vacinal é uma medida ditatorial.

Bárbara, junto com as deputadas bolsonaristas Bia Kicis e Carla Zambelli, publica vídeos de pessoas passando mal, por pressão baixa ou qualquer outro motivo, e os associa às vacinas contra o coronavírus.

O seu canal no Youtube foi desmonetizado, isto é, foi impedido de receber dinheiro vindo de propaganda, por conta da investigação do TSE sobre a divulgação de fake news.

A hashtag #TwitterApoiaFakeNews, com mais de 30 mil menções, ficou entre as mais usadas no Twitter depois que o perfil de Bárbara recebeu o selo de verificado.

Os usuários criticaram a rede social por permitir e apoiar, uma vez que concedeu o selo de verificado, a divulgação recorrente de fake news por perfis com milhares de seguidores.

O objetivo da campanha dos usuários, impulsionada por perfis como o Sleeping Giants Brasil, é pressionar a rede social a agir, segundo os críticos, de forma mais rígida contra a desinformação, principalmente em relação à pandemia de Covid-19.