Após paralisação em 35 grandes obras em São Paulo, iniciada no dia 27 de maio, os trabalhadores da construção civil conquistaram o melhor acordo dos últimos dez anos, especialmente nas cláusulas sociais.
A Convenção Coletiva foi assinada no dia 5, na sede do sindicato patronal, “depois de longa negociação, mas com avanços para a categoria”, diz o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil de São Paulo (Sintracon-SP), Antônio de Souza Ramalho, o Ramalho da Construção.
O acordo, que beneficia 270 mil trabalhadores, passa a vigorar imediatamente. Entre as principais conquistas estão, reajuste salarial de 5,7%, seguro de vida obrigatório para todos os trabalhadores, vale-alimentação de R$ 315,00, ou vale-refeição de R$ 22,22, ou almoço avaliado por um nutricionista e acompanhado pelo sindicato em canteiros de obras com mais de 120 trabalhadores; além de estabilidade de até 30 dias (após a greve) para todos os trabalhadores, ou seja, ninguém pode ser demitido neste período.
Outra importante reivindicação da categoria, o direito a que todos os trabalhadores possam usufruir de atendimento no Seconci-SP, também foi atendida. A entidade, que presta serviços médicos, odontológicos, de assistência social e de educação aos trabalhadores da construção civil, mas que tinha sua abrangência limitada, agora será extensiva a todos os profissionais da área.