Foto: Reprodução TV Globo

Médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, nutricionistas, agentes de saúde, entre outras categorias de terceirizadas da área de saúde do município do Rio de Janeiro, via Organizações Sociais (OS), estão em greve geral desde a madrugada de terça-feira (10).
Apenas os serviços de emergência estão funcionando.
Diversos hospitais e serviços da Atenção Primária da Saúde já estavam em estado de greve desde o dia 24 do mês passado, e a paralisação total foi decidida em uma grande assembleia no dia 9.
Os trabalhadores estão com dois meses de salários atrasados e não receberam nenhuma parcela do 13º salário.
A decisão da assembleia dos trabalhadores pelo acirramento da luta se deu após o Tribunal Superior do Trabalho, atendendo pedido da Advocacia Geral da União (AGU), suspender o arresto de R$ 325 milhões das contas da Prefeitura, que havia sido decidido pelo Tribunal Regional do Trabalho para que fosse feito o repasse às Organizações Sociais e consequentemente o pagamento dos funcionários.
A Advocacia Geral da União (AGU) alega que o dinheiro das contas bancárias bloqueadas só pode ser usado para o legado olímpico e outros convênios com o Governo Federal.
O fato é que em meio ao impasse judicial, a falta de investimentos públicos na Saúde e outros itens da atenção básica à população, o descaso dos governos municipal, estadual e federal, os trabalhadores dessa área, que reclamam que não têm o mínimo nem para locomoção e alimentação; e a população carioca que naturalmente sofre com a falta de atendimento de saúde, é que amargam mais essa calamidade na cidade.
Nesta quarta-feira (11) haverá um grande ato, às 13h, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), onde acontecerá uma nova audiência sobre o atraso dos pagamentos dos salários.