Fabio Faiad, presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal)

Os servidores do Banco Central decidiram suspender até o início de maio a greve da categoria, iniciada em 17 de março.

Segundo o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), no entanto, caso o governo não apresente, até dia 2 de maio, uma proposta melhor que o aumento salarial de 5% para todos os servidores federais, conforme anunciado na semana passada, os servidores devem retomar a greve “automaticamente” a partir do dia seguinte.

Os funcionários do BC, assim como as demais carreiras do serviço público federal, repudiaram a proposta do governo e afirmam que aumento de 5% é ‘insuficiente’.

A categoria, que reivindica reajuste de 27%, ficou indignada com a proposta, que não recompõe as perdas inflacionárias, que nos últimos 12 meses já apresenta inflação acumulada de 11,3%.

Além disso, os servidores lutam contra o desmonte dos órgãos empreendido por Bolsonaro, querem concursos públicos para recompor os quadros de funcionários, modernização de equipamentos, entre outras reivindicações.

A proposta dos 5% de reajuste foi apresentada oficialmente aos representantes do sindicato pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto, em reunião na última segunda-feira (18).

Diante da negativa dos servidores em aceitar a proposta, Campos Neto se comprometeu a tentar uma proposta melhor junto ao ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira.

“Nós demos um voto de confiança ao Roberto Campos Neto até 2 de maio”, afirmou o sindicato em nota. “Se nada for oferecido oficialmente, a greve será retomada automaticamente a partir de 3 de maio”.

Na reunião de segunda-feira, o sindicato também fez uma contraproposta, de que o reajuste de 27% seja concedido apenas a partir de julho, e não como vinha sendo reivindicado inicialmente, que era de aumento ainda no primeiro semestre de 2022.