O serviço de Saúde federal perdeu 18% do seu quadro de funcionários desde o início do governo Bolsonaro. No total, o conjunto dos servidores públicos foi reduzido em 7,5%, de acordo com levantamento divulgado pelo portal Poder 360.

Segundo os dados, no início do governo o país tinha 631 mil funcionários e em fevereiro 2022 esse número já tinha caído 583 mil. A Saúde, que contava com 102 mil servidores, perdeu 18.315 trabalhadores (18%).

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), vinculado ao Ministério do Trabalho, perdeu cerca de um terço dos servidores, sendo um dos órgãos mais afetados pela não reposição do quadro. Dos 32.804 servidores do fim de 2018, restaram apenas 22.320.

Esse é um dos principais motivos para o aumento crescente de pedidos de benefícios represados no Instituto. Em fevereiro deste ano, mais de 1,8 milhão de pessoas que dependem de pensão por morte ou outros benefícios previdenciários para sobreviver, amargavam na fila de espera por respostas de seus requerimentos.

Órgãos que tiveram papel importante durante a pandemia, além da Saúde diretamente, também sofrem com a perda de funcionários. A Anvisa perdeu 212 funcionários, o que representa 11% do seu quadro de servidores. A Fiocruz, à frente da produção de uma das principais vacinas usadas no combate à Covid-19 e que realiza importantes pesquisas sobre na área da saúde, perdeu 317 servidores, 6% do seu quadro total.

Educação

O Ministério da Educação é o segundo colocado na lista de maiores cortes do quadro de servidores, com 7.559 funcionários a menos. Ao todo 52 universidades federais tiveram redução no quadro de funcionários e 11 tiveram aumento.

As universidades e institutos federais perderam 1.537 professores de 2018 para cá. Sendo 3.489 professores temporários a menos e apenas 1.952 contratados em regime não temporário. A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), maior do país, perdeu 911 servidores, no total.

Em seguida aparecem os ministérios da Defesa, com 4.052 servidores a menos, com 2 cargos sendo mais afetados a perda de funcionários públicos: Analista de Tecnologia Militar (-2170) e Analista em Ciência e Tecnologia (-1.882). Na sequência aparecem os ministérios da Agricultura, com 3.050 servidores a menos e Ciências e Tecnologia, com menos 1.057 servidores.