Foto-FUP

Os Petroleiros estão organizando assembleias da categoria por todo o país para discutir a proposta de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) proposto pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), no último dia 19 de setembro.
Para a categoria, a proposta apresentada pela diretoria da Petrobrás e mantida em partes pelo TST continua retirando direitos históricos dos trabalhadores e promovendo o rebaixamento dos salários.
Os trabalhadores denunciam ainda que a diretoria da empresa tem tentado coagir a categoria para que votem a favor da proposta que, entre outros pontos, estipula que apenas 70% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) seja dado como reposição salarial. “Não podemos aceitar que a empresa retire direitos históricos da categoria, nem segregue os trabalhadores das subsidiárias, como quer fazer. Vote com coragem e diga não ao assédio”, disse José Maria Rangel, coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP).
A mediação do TST foi um pedido da diretoria da estatal no último dia 26 de agosto. A FUP em documento enviado ao tribunal argumenta que “os trabalhadores deram contribuições concretas, as quais admitiram flexibilizações sobre diversas de suas posições originais, sem nenhum movimento correspondente por parte da Petrobrás”.
O documento diz ainda que a entidade compreende a necessidade de continuar a negociação coletiva de trabalho e que isso seria importante para tentar chegar a um denominador comum, entre outros pontos, sobre as horas extras de trabalho, plano de saúde, e a tentativa de acabar com o adiantamento do 13º salário.
Já foram realizadas assembleias nos estados da Bahia, Espírito Santo, Rio Grande do Norte e em Minas Gerais. A proposta da Federação está sendo avaliada nas demais regiões, em assembleias que ocorrem até o dia 21 de outubro.