Secretária nacional do Combate ao Racismo do PCdoB, deputada estadual do PCdoB-BA, Olívia Santana. Fotos: Uise Epitacio

O segundo dia da 1ª Conferência Nacional do PCdoB de Combate ao Racismo teve início com a apresentação, pela secretária nacional de Combate ao Racismo da sigla, deputada estadual Olívia Santana (BA), do documento e do plano de lutas que deverá ser incorporado a plataforma de reconstrução nacional:
Democracia, Soberania, Desenvolvimento e Trabalho
com pressupostos antirracistas.

O evento acontece presencialmente no Hotel Fiesta, em Salvador (BA) com a participação de delegados, delegadas e convidados de Goiás, Rio de Janeiro, Maranhão, São Paulo, Rio Grande do Sul e Bahia, na manhã deste sábado (5) e, pela plataforma Zoom aos demais delegados e delegadas representantes dos estados.

Durante sua apresentação, a parlamentar baiana ressaltou “o processo rico da conferência” e anunciou que foram eleitos 561 delegados e delegadas. Olívia levantou ainda, o questionamento sobre a contribuição da luta antirracista para o grande projeto nacional de desenvolvimento do PCdoB e alcance das pessoas negras na base da pirâmide econômica.

Segundo a dirigente, o PCdoB “lutou muito para derrubar o governo da destruição nacional, que foi o governo Bolsonaro, que, junto com Temer, desmontou estrutura de direitos, apesar da resistência dos movimentos”, afirmou, chamando atenção para a responsabilidade do partido frente ao racismo estrutural.

Mesa representativa na 1ª Conferência de Combate ao Racismo do PCdoB. Foto: Uise Epitacio

As ações apresentadas por Olívia fazem parte do caderno de teses com 75 questões antirracistas que foram debatidas em plenárias realizadas em 24 estados brasileiros. O texto lembra a importância de aproveitar o novo contexto político aberto com a eleição do presidente Lula em 2022 para “pautar uma visão estratégica de elevar ainda mais o antirracismo como parte constituinte e destacada de um Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento”, aponta o documento.

Nesse contexto, Olívia lembrou o desmonte resultante do golpe contra a primeira e única mulher presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, e da “resistência” que resultou em uma “virada histórica pela terceira vez, com lula ganhando a eleição”. “E isso tem nossa digital. O PCdoB foi um partido que se agigantou durante todo esse processo, com luta jurídica e popular. Estávamos firmes ao PT e a outros trabalhadores. A gente estava ali fazendo a resistência”, afirmou.

Edson França dirigiu a mesa no segundo dia da Conferência. Foto: Uise Epitacio

Edson França, secretário adjunto da Secretaria Nacional de Organização do PCdoB e presidente Nacional da Unegro dirigiu a mesa de trabalhos. Compuseram ainda a mesa, a deputada estadual (RS), Bruna Rodrigues; a vereadora da Campina Grande (PB), Jô Oliveira; a secretária Nacional de Mulheres do PCdoB, Dani Costa; e o secretário executivo da Federação Indígena Pataxó e Tupinambá, Kâhu Pataxó,

Após a exposição sobre o documento, foi aberto aos delegados e delegadas participantes, tanto virtual quanto presencial, as suas considerações sobre o tema da Conferência.

O 2º dia da Conferência Nacional de Combate ao Racismo do PCdoB teve transmissão ao vivo pelas redes sociais oficiais do PCdoB e parceiros.

Confira como foi:

As intervenções continuarão no turno da tarde, depois serão divididos grupos de trabalho, que realizarão debates políticos e teóricos sobre a luta antirracista para criar plano de ações efetivo que irão compor a plataforma de propostas de combate ao racismo do PCdoB.

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Edição: Eliz Brandão