Samsung desiste de concorrer com celulares na China
Samsung, maior fabricantes de smartphones do mundo, anunciou na quarta-feira (2) que está fechando sua última fábrica de celulares na China, atualmente o maior mercado de telefones celulares.
O motivo para esta decisão, segundo a própria Samsung, é a necessidade de otimizar seus recursos, uma vez que enfrenta alta concorrência com os fabricantes chineses, o que levou a empresa sul-coreana a perder uma significativa fatia de mercado naquele país.
Em meados de 2013, a Samsung tinha 15% da fatia de mercado de smartphones chinês. No primeiro trimestre de 2019, esse número caiu para 1%. Enquanto isso, Huawei e Xiaomi vieram crescendo a passos largos. A Huawei já ultrapassou a Apple e assumiu o segundo lugar no setor e empurrou a empresa de Cupertino para o terceiro lugar. Mas a situação da empresa da maçã ainda pode piorar. Outra chinesa, a Xiaomi, já ameaça assumir o terceiro lugar e deslocar a empresa da maçã para o quarto lugar. Há previsão de que isso aconteça até o final deste ano.
Atualmente, entre as cinco maiores fabricantes mundiais de smartphones, três são chinesas: a Huawaei, que ocupa o segundo alugar; a Xiaomi, em quarto lugar e a OPPO, em quinto.
A última unidade de fabricação de smartphones da gigante sul-coreana em atividade, na cidade de Huizhou, já tinha parado de produzir desde de junho. A imprensa da Coreia do Sul informou que ela empregava seis mil trabalhadores e produziu 63 milhões de unidades em 2017, ano em que a companhia atingiu a produção anual de 394 milhões de dispositivos.
A Samsung disse ainda em comunicado que os equipamentos de produção serão realocados para outras fábricas globais, dependendo das necessidades de mercado em cada região. Enquanto perdia espaço e encerrava suas fábricas na China, a empresa vinha realocando suas atividades de produção em países com Índia e Vietnã.
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Analistas com experiência nesse setor acreditam que seria praticamente impossível para a Samsung recuperar mercado na China onde as pessoas estão acostumadas a comprar celulares de baixo custo e boa qualidade apenas de fabricantes locais, enquanto, para os modelos mais caros, o público prefere os aparelhos da Apple e Huawei.