O ministro de Assuntos Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, reafirmou nesta quarta-feira o apoio de seu país ao decisivo trabalho desenvolvido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para a erradicação da Covid-19.

Durante conversação telefônica com o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, Lavrov reconheceu o estratégico empenho “dirigido pela organização em coordenar os esforços dos países membros na luta contra a infecção pelo novo coronavírus”.

Tedros agradeceu aos russos os “longos anos de permanente apoio à OMS, destacou o enfoque integral da Rússia na luta contra a pandemia e os êxitos obtidos neste âmbito”.

Reiterando a importância da colaboração permanente entre a Rússia e a OMS, os dois dirigentes examinaram a possibilidade da realização de ações conjuntas e as formas para aumentar a eficácia da cooperação global na esfera da saúde, particularmente no que diz respeito ao sistema sanitário.

Entre outras questões foi examinada a gravidade da atual situação da Síria, com ênfase nas medidas tomadas pelas instituições da Organização das Nações Unidas (ONU), incluída a OMS, para melhorar a situação humanitária no país e contribuir na luta contra o coronavírus.

Desde o dia 11 de março, a OMS qualifica como pandemia a Covid-19 causada pelo novo coronavíus SARS-CoV-2 detectado inicialmente na cidade chinesa de Wuhan no final de 2019. Até o momento, o planeta soma cerca de 5,7 milhões de infectados, dos quais 2,3 milhões estão recuperados e 353 mil perderam a vida.

De longe o país mais afetado pelo coronavírus, com 1,7 milhão de contagiados e mais de 100 mil mortos, os Estados Unidos decidiu desde o dia 14 de abril suspender o financiamento à OMS. Imediatamente condenada pelo presidente da Associação Médica Americana, doutor Patrice Harris, a decisão de Trump foi apontada como “um passo perigoso na direção errada”.

Condenando a postura estadunidense, o Ministério das Relações Exteriores da China anunciou no dia 23 de abril o reforço ao trabalho da OMS, com a doação de mais 30 milhões de dólares à luta contra a Covid-19. A China já havia doado 20 milhões de dólares em março à instituição, mas ampliou a contribuição pois vê o fortalecimento da OMS como “caminho para apoiar o multilateralismo e a solidariedade global”.