“Está claro o suficiente que várias determinações deste plano não correspondem às resoluções do Conselho de Segurança da ONU”, afirmou o porta-voz da Presidência da Rússia Dmitry Peskov, no dia 2.

“Vemos a reação dos palestinos, a reação de países árabes que estão rejeitando este plano em solidariedade aos palestinos”, apontou Peskov.

As declarações do representante do governo russo seguem manifestações contrárias ao plano que Trump denominou “o negócio do século” também por parte do chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell; do ex-presidente norte-americano, Jimmy Carter, além do alerta do secretário-geral da ONU, que vê como base para um acordo de paz deve seguir as resoluções da entidade que dirige.

Entre outros ultrajes, o plano Trump se mostra disposto a reconhecer a anexação de Jerusalém Árabe e do Vale do Jordão por parte de Israel. Reconhece a usurpação de terras palestinas pelos colonos judeus, deixando o território palestino fatiado e sem continuidade.

Apesar disso, Trump defende que “é uma oportunidade realista para a solução dos dois Estados”. De acordo com o plano, se os palestinos aceitarem essa capitulação, receberão 50 bilhões de dólares para avançarem sua infraestrutura. A isso. Mahmud Abbas, presidente palestino, respondeu: “Não passarei à história como quem vendeu Jerusalém”.

Na cidade árabe israelense de Baka El Garbya milhares tomaram as avenidas centrais portando bandeiras palestinas e condenando o plano.

O líder palestino-israelense, ex-deputado e atual dirigente do Alto Comitê de Monitoramento Árabe, que convocou o ato em Baka, Mohammad Barakeh, esteve entre os que se pronunciaram no ato. Ele destacou que: “Como se fossem estabelecer um Estado Palestino, eles querem criar blocos de árabes palestinos desconectados, dividir o povo palestino”.

“Já que não temos o poder econômico capaz de enfrentar Israel ou os Estados Unidos, nossa força é a nossa unidade. Se demonstramos unidade, esta é a nossa mais forte mensagem”, prosseguiu Barakeh. Ao denunciar o acordo, o presidente palestino, Abbas, informou que vai cortar todas as relações com Israel e os EUA.