Rodrigo Pacheco condena “bravata” contra o STF e as eleições
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), rechaçou, nesta segunda-feira (9), pelas redes sociais qualquer “bravata” sobre o fechamento do STF (Supremo Tribunal Federal) e o cancelamento das eleições brasileiras.
“Não podemos admitir sequer uma bravata relacionada a fechamento do STF, a cancelamento de eleições, a volta da ditadura militar ou de atos institucionais”, disse ele, em publicação no Twitter.
Na semana passada, Pacheco encontrou-se com o presidente do STF, Luiz Fux, e destacou que as instituições têm o dever de dialogar para garantir as eleições e o ambiente democrático.
Na ocasião, o presidente do Senado alertou ainda que se deve evitar contaminação do clima pela proximidade das eleições, de forma a evitar o que considera “anomalias”, citando ataques às instituições e à democracia, como os ocorridos no 1º de Maio, em manifestações de partidários do presidente, em Brasília e em São Paulo.
Foram pífias, mas efetivamente ocorreram. Vira e mexe, os bolsonaristas se manifestam nas redes e nas ruas, nestas, bem menos agora, contra a democracia e as instituições que a representam efetivamente.
Pacheco tem dado declarações no sentido defender a democracia e o Judiciário dos ataques de Bolsonaro, além de desfazer as suspeitas sem evidências que o presidente levanta há tempos sobre o processo e o sistema eleitorais.
Questionado sobre as declarações do presidente da República, Pacheco disse que a Justiça Eleitoral “tem sua autonomia, eficiência, capacidade e precisa ser naturalmente respeitada”.
“A Justiça Eleitoral tem a atribuição constitucional de cuidar do processo eleitoral e da escolha de seus representantes. Imagine uma Justiça especializada, composta por magistrados, membros do Ministério Público, por advogados que compõem através de indicação as Cortes eleitorais Brasil afora, que tem um grande orçamento e que cuida desse tema. Se há necessidade de algo além disso? Evidentemente que não”, disse Pacheco.
Por que Bolsonaro passa o tempo todo, desde que assumiu a cadeira no Palácio do Planalto, colocando em xeque as eleições e o sistema político-eleitoral?
Porque o chefe do Poder Executivo quer tumultuar o processo, pois não tendo nada para mostrar à população, sobretudo no campo da economia, para ele interessa bagunçar e tensionar as eleições.
Essa tática faz parte do script dele e do staff que o cerca politicamente. Esse procedimento atrai e agrada o eleitorado bolsonarista e o faz crescer.
Além do mais, culpar as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral brasileiro, um dos mais avançados do mundo, é puro diversionismo de Bolsonaro. Porque a fraude não está nas urnas eletrônicas. A fraude está nas notícias falsas (fake news), no disparo em massa ilegal nas redes sociais (que já beneficiou Bolsonaro na eleição passada), na intimidação e na desinformação.
São essas fraudes que Bolsonaro quer esconder e ataca as urnas eletrônicas para desviar o assunto da verdadeira falsificação eleitoral. São essas fraudes que a Justiça Eleitoral precisa ir atrás para coibi-las.