O líder do PCdoB na Câmara, deputado federal Renildo Calheiros (PE), destacou a importância da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, que teve sua primeira sessão nesta terça-feira (27),  para a investigação dos atos e omissões do governo Bolsonaro que resultaram no agravamento da pandemia e no aumento alarmante no número de óbitos no país decorrentes da doença.

O parlamentar apontou que a comissão “torna-se cada vez mais fundamental no Brasil. Terá de averiguar de forma urgente o impacto de erros e omissões do governo Bolsonaro e apontar saídas coordenadas para reduzirmos mortes por coronavírus”.

Renildo acrescentou que “o colegiado é uma esperança em meio à paralisia do governo Bolsonaro. O presidente entregou ao Congresso diretrizes, metas e prioridades para o Orçamento 2022 sem apresentar um plano ligado à Covid-19 e seus efeitos no próximo ano ou cálculos sem o impacto da pandemia nas contas públicas”.

O líder do PCdoB colocou ainda que “é inaceitável que a crise sanitária se agrave, e o governo Bolsonaro siga ignorando o vírus. Responsável pelo modelo estatístico da Casa Branca, nos Estados Unidos, o médico Ali Mokdad alerta: o Brasil pode ver uma piora da pandemia no inverno, chegando a 611 mil mortes até agosto”.

Nesse cenário, avaliou Renildo, “é imprescindível o esforço concentrado do governo federal em parceria com governadores e prefeitos. Os desafios são grandes. O Instituto Butantan confirmou em São Paulo as variantes sueca (B.1.318) e sul-africana (B.1.351), além de uma nova mutação, a N9, da variante amazônica”.

Sputnik V

O deputado também criticou a negativa da Anvisa à importação emergencial da vacina russa Sputnik V, comprada por governos estaduais, após reunião técnica da agência realizada nesta segunda-feira (26).

“É um dos piores momentos da pandemia. Mesmo com escassez de imunizantes, a Anvisa impede a importação da vacina Sputnik V, aplicada em mais de 60 países com bons resultados. Mais de dez agências internacionais certificaram a eficácia e segurança. Por que impedir a compra de governadores?”.

 

Por Priscila Lobregatte
Com informações PCdoB na Câmara