Indústrias

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentou hoje (4/12) os dados da produção industrial brasileira que, em outubro, manteve um patamar 15,8% abaixo do que produzia em 2011.
De acordo com a pesquisa, a produção em volume já acumula em 2019 até outubro uma queda de -1,1% em relação ao mesmo período do ano passado. O ritmo foi de recuo em mais da metade (53,8%) dos produtos pesquisados, de todas as categorias das indústrias. O destaque esteve na influência da produção de celulose de papel (-3,7%), manutenção e reparação de máquinas e equipamentos (-8,8%), equipamentos de transporte (-9,9%) metalurgia (-1,6%), produtos de madeira (-5,7%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-2,5%). Assim como no acumulado do ano, a indústria afundou no consolidado dos últimos 12 meses: -1,3% sobre o período anterior.
“É como estivéssemos em um patamar próximo ao de março de 2012”, destacou André Macedo, pesquisador do IBGE.
Com uma base de comparação deprimida, houve variação positiva de 0,8% em outubro sobre setembro. Ainda assim, setores como veículos automotores (-0,6%), coque e derivados de petróleo (-2,1%) e metalurgia (-3,2%) tiveram quedas bastante expressivas apenas de um mês para o outro.
Sustentado pela construção civil e pela indústria extrativa, a participação da indústria cresceu 0,8% no Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre deste ano sobre o segundo trimestre. Contudo, o PIB da indústria de transformação registrou queda de -1%.
“O ramo da indústria de transformação, que ao produzir bens mais complexos e intensivos em tecnologia estabelece grande número de vínculos com outras atividades econômicas, voltou a ficar no vermelho sob qualquer ângulo de análise. Esta é uma razão do porquê a recuperação da economia como um todo teima em não ganhar vigor”, avaliou o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).
O Banco Central projeta uma queda de 0,70% na produção industrial no acumulado de 2019, segundo a última pesquisa Focus do Banco Central.Para o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de 2019 do Brasil, a é de alta de apenas 0,99%.