Paulo Guedes, ministro da Economia.

A economia brasileira recuou 0,16% em julho sobre junho, o pior resultado para o mês em três anos, segundo o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado nesta sexta-feira (13).
O IBC-Br é considerado uma “prévia” do Produto Interno Bruto (PIB) e inicia o terceiro trimestre bem abaixo da projeção de alta para o PIB feita pelo Banco Central para 2019 de 0,8%.
No primeiro trimestre, o PIB caiu -0,2%. No segundo trimestre ficou em torno de ZERO (0,4%) e os resultados do mês de julho apontam para um terceiro trimestre nada animador.
A produção industrial em julho caiu -0,3% e acumula queda de -1,7% no ano. Sendo que a indústria de transformação caiu -0,5% em julho, depois de recuar -0,9% em junho e -0,8% em maio.
O setor de serviços, responsável por 73% do PIB, está 1,2% menor do que em dezembro de 2019. O crescimento de 0,8% em julho apenas repõe a perda de -0,7% verificada em junho, segundo o IBGE.
As vendas do comércio varejista, que desde o início do ano gira em torno de ZERO, para mais ou para menos, alcançou em julho, pela primeira vez após seis meses, 1,0% na comparação com junho deste ano.
Como já dizia o IEDI (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial), com o desemprego elevado, renda arrochada, incertezas e ruídos do governo, “o ano de 2019 está perdido”.
O IBC-Br é divulgado mensalmente e considera os indicadores da indústria, agropecuária e serviços, mais impostos. O PIB, que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, é divulgado oficialmente pelo IBGE.