O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma “prévia” do PIB (Produto Interno Bruto), cresceu 0,07% em agosto em relação a julho, quando a economia brasileira recuou -0,16% sobre junho. O resultado do oitavo mês do ano foi divulgado pelo BC na segunda-feira (14).
Na comparação com o mês de agosto de 2018, a atividade econômica medida pelo BC apresentou queda de 0,73% na série sem ajustes – o pior para o mês desde 2017. Assim, o índice acumula alta de 0,66% no ano – e a cada mês se distancia mais das promessas de “retomada do crescimento” do período de campanha e posse de Jair Bolsonaro e seu guru econômico, Paulo Guedes. Àquela época falava-se em crescimento de 2,3% do PIB em 2019.
O BC usa como informação para medir a atividade econômica mensalmente os dados divulgados da produção industrial, comércio e serviços – além dos números da agropecuária e do recolhimento de impostos sobre a produção. A produção industrial caiu 1,7% até agosto, o comércio varejista ficou estagnado em agosto (0,0%) e o setor de serviços perdeu 0,2% no seu volume.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e é calculado oficialmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Frustrando as expectativas de que o crescimento em 2019 pudesse superar o resultado de 1,1% do PIB de 2018, o IBGE registrou que a economia no primeiro trimestre deste ano caiu -0,2% e no segundo trimestre teve variação de apenas 0,4% e as previsões são de que o ano feche com crescimento abaixo de 1%.
O boletim Focus do BC projeta crescimento de 0,87% no ano, com uma produção industrial negativa em 0,65%.