Bolsonaro e Luciano Bivar, presidente do PSL. Bivar disse que dignidade Bolsonaro não leva.

O presidente do PSL, Luciano Bivar, declarou que “a fala de Jair Bolsonaro foi terminal, ele já está afastado. Não disse para esquecer o partido? Está esquecido”.
Na manhã da terça-feira (8), Bolsonaro orientou um apoiador para que “esquecesse” o PSL e Luciano Bivar.
“Ô cara, [Luciano] Bivar está queimado pra caramba lá. Vai queimar o meu filme também. Esquece esse cara, esquece o partido”, disse.
Segundo Bivar, “o que pretendemos é viabilizar o país. Não vai alterar nada se Bolsonaro sair, seguiremos apoiando medidas fundamentais”.
“Não estamos em grêmio estudantil. Ele pode levar tudo do partido, só não pode levar a dignidade, o sentimento liberal que temos e o compromisso com o combate à corrupção”, alegou o deputado.
Luciano Bivar também está envolvido no caso de candidaturas laranjas em Pernambuco, sua base eleitoral.
Ele sucedeu Gustavo Bebianno, demitido da Secretaria-Geral da Presidência da República, na presidência nacional do PSL.
Na presidência do partido, Bivar apoiou o repasse de R$ 400 mil em verbas do fundo partidário para uma candidata laranja em Pernambuco. Maria de Lourdes Paixão, 68 anos, foi a terceira maior beneficiada com verba do PSL em todo o país.
O repasse foi autorizado por Bebianno quando era presidente do partido.
Depois da declaração de Jair sobre o PSL, membros divulgaram um manifesto acusando-o de acobertar corruptos, como seu filho Flávio Bolsonaro e seu ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio.
Para o deputado federal Júnior Bozella (PSL-SP), que faz parte do grupo que escreveu o manifesto, “temos o caso do Queiroz e o do ministro do Turismo, e o presidente tenta encobrir esses dois assuntos ao mesmo tempo em que desfere ataques indevidos ao PSL”.
“O partido não pode deixar de advertir aqueles que vão contra as bandeiras que nos elegeram, como o combate à corrupção”, acrescentou.