Jair Bolsonaro (sem partido)

Como de costume Jair Bolsonaro nunca acha que tem culpa por nada. São sempre os outros os responsáveis pelos problemas do país. Por isso ele só sabe agredir ministros do STF, ofender governadores e arranjar confusão com todo mundo.

Governar mesmo, que é bom, nada. Agora ele resolveu culpar até o “Senhor que está no Céu” pelo desastre que ele próprio provocou na economia do país. Mandou as pessoas rezarem para sair da crise que, com a burrice ideológica de sua equipe econômica, só faz se aprofundar.

Diante do estouro da inflação, do recorde de desemprego, do aumento da extrema pobreza, do risco de apagão, da tragédia da pandemia que parou a economia e matou quase 600 mil brasileiros, por conta de sua sabotagem à luta contra o vírus, ele resolve dizer que o caminho para enfrentar tudo isso é “rezar e ter fé”.

Disse isso a fiéis, em cerimônia de comemoração do centenário da igreja Assembleia de Deus no Pará.

Ou seja, o que ele recomendou aos fieis é que “peçam a Deus que resolva seus problemas” porque o negócio dele é passear de moto, se divertir, atacar todo mundo e seguir espalhando o vírus. É só isso o que ele faz na vida.

Sem apresentar nenhuma solução para nada, nunca, ele apelou para a “fé e a crença” do povo. “O que posso dizer aos senhores? Com fé, com vontade, com crença, nós podemos superar esses obstáculos”, afirmou Bolsonaro, depois de ter admitido que o país está vivendo um verdadeiro desastre.

“Com muitos problemas que temos enfrentado e que não estavam previstos: a pandemia e seus reflexos, uma crise de falta d’água como não visto na história do Brasil. O povo tem sofrido com isso: tem inflação, tem desemprego. Tem dias, realmente, angustiantes”, declarou na quarta-feira (18).

O botijão de gás, que Bolsonaro prometeu que não passaria de R$ 35 no seu governo, já chega a R$ 130 em algumas regiões do pais, e ele diz que não tem nada com isso, apesar de manter o preço do gás de cozinha dolarizado. Diz que “não pode se meter”. Assim como não pode se meter nos preços dos alimentos e dos combustíveis, para o bem das tradings e dos acionistas estrangeiros da Petrobrás.

Com as crises diárias provocadas por seu destempero e sua ambição golpista, afugenta investimentos. Com isso, 15 milhões de pessoas estão desempregadas entre mais de 33 milhões em empregos precários, milhões fazendo bico e desalentados.

A inflação de julho é a maior para o mês desde 2002, tirando da mesa do brasileiro o tradicional feijão com arroz, carnes, leite e até o cafezinho. A conta de luz disparou, com o governo que ao invés de investir joga os custos de sua incompetência nas costas do povo.

As pessoas esperavam que o governo apresentasse solução, mas Bolsonaro manda rezar. As pessoas já estão rezando, mas não só isso, estão indo às ruas contra o seu desastroso governo. Por isso, que se prepare porque dias ainda mais angustiantes (para ele) estão por vir.