Os campos de Pargo, Carapeba e Vermelho, localizados em águas rasas na Bacia de Campos, no norte fluminense, tiveram suas vendas concluídas pela direção da Petrobrás na terça-feira (4)
A beneficiada pelo negócio é a Perenco Petróleo e Gás do Brasil, uma multinacional franco-britânica, considerada a maior empresa europeia privada de óleo e gás. A Perenco já opera concessões na bacia do Espírito Santo em parceria com a OGX.
A compradora pagou US$ 324 milhões para a Petrobrás, com os ajustes previstos no contrato. Com os US$ 74 milhões pagos na assinatura do contrato, foram US$ 398 milhões o total na realização do negócio.
A venda desses poços de petróleo é mais um ação de desmonte da Petrobrás, levada a cabo pela atual diretoria, de acordo com governo Bolsonaro, tolhendo a companhia de administrar suas riquezas conforme melhor fosse, simplesmente alienando seu patrimônio para enfraquecê-la.
A estatal está se desfazendo de 250 concessões, uma grande parte deles na bacia de Campos. De imediato, 180 estão sendo privatizadas, conforme determinação do governo.
A empresa também está vendendo oito refinarias, vendeu os gasodutos e a rede de distribuição com a privatização da BR Distribuidora, entre outras operações, como a entrega do excedente da cessão onerosa da Petrobrás no pré-sal para as multinacionais em novembro, uma das ações mais predatórias e lesivas ao interesses nacionais e da Petrobrás .
O campo de Pargo foi descoberto em 1975 e os campos de Carapeba e Vermelho em 1982 e a produção nos três campos começou em 1988. As concessões foram outorgadas à Petrobras em 1998 na chamada Rodada Zero de licitações