Lâmpadas incandescentes devem ser retiradas do mercado até 2016 (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Um terço da população entrou em 2020 com dívidas em atraso, apurou pesquisa contratada pela Confederação Nacional de Transportes (CNT) e divulgada na quarta-feira (22).

O alto índice de desemprego e a informalidade recorde que marcaram os 12 meses de 2019 explicam a o crescimento da inadimplência, que chega até mesmo às contas básicas – como água e luz.

De acordo com a pesquisa, 30,9% dos entrevistados admitiram que suas contas estão em atraso. A dívida com o cartão de crédito está no topo, apontada por 45,7% dos entrevistados. Além da renda arrochada, o comportamento agiota dos bancos na hora de cobrar taxas e juros pelas operações de crédito contribui para que as pessoas não consigam arcar com seus compromissos.

A conta de luz está em segundo lugar no ranking das contas em atraso, sendo indicada por 23,6% dos entrevistados. Em seguida vem os crediários em lojas (20%), conta de água (17,6%), empréstimo pessoal (12,4%), telefone (8,6%), veículo (4,2%), aluguel (3,2%), plano de saúde (2,3%), casa própria (1,9%) e mensalidade escolar (1,3%).

Em 2019, a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) atingiu 4,31% – acima do centro da meta estipulada pelo governo, de 4,25%. O impacto disso no bolso é muito maior e, para as despesas apontadas pelos entrevistados na pesquisa, acima desse percentual.

O preço da energia elétrica, por exemplo, subiu 5% em 2019. Os gastos com saúde (que inclui planos medicos) teve um aumento de 5,41%, em média. A inflação do aluguel, por sua vez, chegou a 7,3% em 12 meses.