Lula em ato em Porto Alegre. Foto: Ricardo Stuckert

A Comissão Política Nacional do PCdoB reuniu-se nesta terça-feira, 04 de outubro, para discutir a mobilização do partido para enfrentar o segundo turno das eleições presidenciais e nos estados. Tarefa é construir uma ampla União Nacional em defesa da democracia e da reconstrução do Estado.

“Nossa tarefa é organizar a participação ativa e com protagonismo do PCdoB no segundo turno. Temos 27 dias para consolidarmos nossa vitória. Entre as constatações importantes de serem registradas para contextualizar a análise é que faltou muito pouco para vencermos no primeiro turno. Foram tão somente 1,57% do total o que representa aproximadamente 1,8 milhões de votos. Somados os percentuais de Lula, Ciro e Tebet, Bolsonaro foi rejeitado por 55,6% do eleitorado”, afirmou Luciana Santos, presidenta Nacional do PCdoB.

A reunião recebeu com entusiasmo a declaração de apoio do PDT e de Ciro Gomes à candidatura de Lula. E apontou a urgência de buscar de forma mais intensiva novos apoios políticos para a campanha, como o de Simone Tebet e de lideranças de partidos como o PSD, MDB, entre outros, com o propósito de transformar a frente ampla que se construiu no primeiro turno em torno de Lula, em um grande movimento de união nacional contra Bolsonaro, em defesa do Brasil, da democracia e da reconstrução do país.

Como tudo processo eleitoral, esse segundo turno também deve ser encarado com a seriedade que o momento político exige. Principalmente porque como alerta a presidenta nacional do PCdoB, “o bolsonarismo, além de ser uma força com capacidade de mobilização social, como ficou demostrado nos atos do 07 de setembro, demonstrou enraizamento na sociedade, que como sempre afirmamos, não deve ser de forma alguma subestimada”.

Também é preciso deixar muito claro para a sociedade que parte da força bolsonarista é resultado do uso da máquina pública para mobiliza eleitorado ao seu favor, com o malabarismo para reduzir o preço dos combustíveis, as medidas destinadas a população de até 2 salários-mínimos. Além dos recursos provenientes do orçamento secreto que foi usado para desequilibar a disputa nos estados e que proporcionou uma bancada para o PL de quase 100 deputados.

Entre as tarefas apontadas na reunião estão a mobilização da militância nos Estados para sair as ruas e intensificar a campanha e reforçar os comandos estaduais da campanha, incorporar quadros, lideranças políticas que permitam ampliar o espectro de forças que estavam no primeiro turno.

“A tarefa principal que temos nas próximas semanas é reforçar a campanha de Lula nos Estados e em nossas áreas de atuação. O PCdoB e suas lideranças devem ser protagonistas deste processo.  Esta é a principal orientação desta reunião. Reforçarmos com nossas lideranças os palanques estaduais, o trabalho nas áreas de atuação. Contribuirmos para a construção de agendas de campanha. A partir de agora, é pouca reunião e muita campanha”, afirmou Luciana Santos.