PCdoB-MS move ação contra deputado que atirou em símbolo comunista
Mais um episódio de tentativa de intimidação da esquerda e ataque à democracia, desta vez ocorrido no Mato Grosso do Sul, mostra a gravidade da situação que o Brasil vive. Na semana passada, um deputado estadual atirou em um alvo com a foice e o martelo, símbolo dos comunistas, durante sessão remota da Assembleia Legislativa. O PCdoB do estado entrou com uma representação na Corregedoria da Casa por quebra de decoro, nesta quarta-feira (25), contra o parlamentar João Henrique Catan (PL).
No dia 17 de maio, em sessão híbrida da Assembleia, que tratava da liberação do porte de armas de fogo para colecionadores, atiradores e caçadores (CACs), o deputado João Henrique Catan resolveu disparar, num estande de tiros, contra o alvo que estampava a imagem da foice e do martelo. Segundo veículos locais, o parlamentar ainda teria declarado que o tiro era “de advertência no comunismo”.
Na representação, o PCdoB classificou o ato como “extremamente violento, que alimenta a espiral da violência política, social e ideológica, e incita diretamente a matança de opositores” e pediu a cassação do mandato.
Ao Portal do PCdoB, a presidenta do partido no estado, Iara Gutierrez Cuellar declarou: “É um acontecimento grave, criminoso, de falta de decoro e de respeito inclusive com seus próprios pares. Por isso, entramos com a representação e também para mostrar que não vamos nos intimidar, não vamos nos calar. Não dá para manter esse tipo de prática num país que ainda é uma democracia, pela qual temos lutado muito. Não dá para a gente ficar achando que esse comportamento é normal”.
Agora, o partido pretende visitar parlamentares do estado buscando apoio à representação. “Qualquer pessoa que preza pela democracia, que respeita as instituições, tem o dever de defender essa conquista civilizatória e rechaçar atitudes irracionais como esta”, disse. Para ela, o episódio incita a violência e é reflexo do comportamento agressivo do próprio presidente da República e dos bolsonaristas.
O episódio também gerou denúncia protocolada na Corregedoria da Assembleia e assinada pelos deputados Amarildo Cruz (PT), Paulo Duarte (PSB) e Pedro Kemp (PT).
Por Priscila Lobregatte
Com agências