O PCdoB do Mato Grosso do Sul (MS) emitiu nota de pesar, nesta quinta-feira (20), pelo falecimento do vice-presidente do partido no estado, Ramiro Moyses Neto, por complicações da Covid-19. Miro, como era comumente conhecido, também era presidente da Central dos Trabalhadores do Brasil de Mato Grosso do Sul (CTB-MS) e dirigente da  Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Mato Grosso do Sul  (Fetagri-MS) .

Segundo Lairson Palermo, secretário de Movimentos Sociais do comitê municipal de Campo Grande (MS), Miro era “um amigo e companheiro dedicado à luta dos trabalhadores e pela reforma agrária. Lutou bravamente pela vida. Mais uma perda para a Covid-19, mais uma vítima do genocídio. Não fosse o boicote do desgoverno à vacina, talvez isso não tivesse acontecido.”

Leia a íntegra da nota:

CAMARADA MIRO! PRESENTE!

É com muita tristeza que recebemos a notícia do falecimento do nosso camarada Ramiro Moyses Neto, presidente da CTB-MS, dirigente da Fetagri-MS e vice-presidente do Comitê Estadual do PCdoB-MS. Miro, como o chamamos, está há muito tempo na luta dos trabalhadores rurais. Mais que isso, atua desde jovem pela unidade entre os trabalhadores da cidade e do campo.

Ainda morando em Eldorado, no sul de Mato Grosso do Sul, Miro realizou grande trabalho como presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, o que lhe valeu prestígio, tanto que foi eleito vereador pelo Partido dos Trabalhadores (PT), ao qual era filiado. Poderia ter sido reeleito vereador, mas decidiu não concorrer para seguir na luta pela reforma agrária de forma mais ampla, estendendo sua atuação para o âmbito do estado, pelo que se tornou destacado dirigente da Fetagri-MS. Em 2007, filiou-se PCdoB. De lá pra cá, além de sua atuação sindical, foi eleito sucessivamente para as direções plena e executiva do PCdoB em nível estadual e também como presidente municipal em Jaraguari, onde vivia em seu lote no Assentamento Estrela.

Miro, na condição do guerreiro que sempre foi, vinha há dias travando dura luta pela vida. Infelizmente, não resistiu às complicações da Covid-19 e veio a óbito hoje. Miro é mais uma vítima do genocídio. Não fosse o boicote do desgoverno da nação à vacina, talvez isso não tivesse acontecido. Uma perda sentida para nós, seus camaradas. Externamos nossas condolências e nosso abraço solidário à sua família, em nome de sua esposa Francisca Souza, aos seu amigos e ao seus companheiros da luta sindical.

Hoje, estamos de luto, mas, pelo Miro e pelos 440.000 brasileiros e brasileiras que morreram, pelos que por eles choram, seguiremos firmes lutando pela vida de todos os brasileiros, bem como pela reforma agrária e pela libertação de todos os trabalhadores, nas cidades e nos campos! Camarada Miro, vá em paz!

Campo Grande-MS, 20 de maio de 2021
Comitê Estadual do PCdoB/MS

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