PCdoB e partidos discutem tramitação da federação na Câmara
A presidenta nacional do PCdoB e vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos, e o líder do partido na Câmara, deputado Renildo Calheiros (PE), se reuniram na noite desta terça-feira (6) com o presidente da Casa, deputado Arthur Lira (PP-AL) e com representantes de outros partidos de oposição, para tratar de questões relativas à reforma política, em especial a proposta de federação partidária.
“A convite do presidente Arthur Lira, estivemos — os presidentes de partidos de oposição — na Câmara dos Deputados para discutir a necessidade de votar os projetos da reforma política, como as federações partidárias, o código eleitoral, voto impresso e o sistema eleitoral”, informou Luciana em suas redes.
A presidenta do PCdoB ressaltou que o objetivo da reunião foi buscar “construir consensos”. Segundo ela, as discussões serão aprofundadas entre parlamentares e a sociedade, inclusive no período de recesso, para que o tema venha à ordem do dia no início de agosto, explicou.
Segundo teria informado o presidente da Câmara, o limite para votar a reforma política é dia 4 de agosto, caso haja recesso. Se não houver, pode ser que ocorra antes. A tramitação em regime de urgência da federação partidária foi aprovada no dia 9 de junho, por 429 votos a favor e apenas 18 contra.
Ao jornal Folha de Pernambuco, o líder do PCdoB na Câmara, deputado Renildo Calheiros, declarou que a federação é a melhor “saída para o sistema partidário brasileiro”. Ele acrescentou que “é uma maneira democrática, não impositiva, não autoritária de enxugar o quadro partidário a partir das convergências programáticas, com alianças duradouras”.
Artigo assinado conjuntamente por Luciana Santos e os presidentes de partidos Gleisi Hoffmann (PT), Juliano Medeiros (Psol), Roberto Freire (Cidadania), José Luiz Penna (PV), Renata Abreu (Podemos) e Paulo Pereira da Silva (Solidariedade), publicado originalmente no jornal Folha de S.Paulo, aponta que “em períodos de crise, torna-se mais importante a ação conjunta de partidos na busca de alternativas para o país, tendo a democracia como alicerce. Pois as federações, ao agregarem legendas que assim queiram e que tenham afinidade política, por um período mínimo de um quadriênio, poderão contribuir na construção de saídas aos impasses que hoje desafiam a nação”.
Por Priscila Lobregatte
Com agências