O Partido Comunista da Argentina comemorou no último sábado (6) os 100 anos de sua fundação com um ato político-cultural na Sociedad Verdi, do histórico bairro operário La Boca.

Os festejos tiveram sua abertura com uma sessão especial do Comitê Central, em uma sala lotada de militantes, representantes de organizações políticas e sociais amigas, delegados do exterior e organizações juvenis estrangeiras que participaram do 8º Acampamento Nacional da Federação da Juventude Comunista.

Em um clima de emoção, foram exibidos vídeos alusivos à história do Partido e foram recordados dirigentes históricos, mártires e heróis anônimos das lutas operárias, estudantis e populares de finais do século 19 e começos do século 20 na Argentina. A atividade foi encerrada com um espectáculo na Avenida Almirante Brown, com a presença de Beba Pugliese, do grupo musical “El violinista del amor y los pibes que miraban”, e Manuel Santos, entre outros artistas.

O primeiro a tomar a palavra foi o secretário geral da Federação da Juventude Comunista, Ariel Elger, que assinalou que “a celebração dos cem anos de nosso Partido é uma oportunidade para prestar nossa sentida homenagem àquele que foi seu secretário geral, Patrício Echegaray, de quem recebemos um inestimável legado político, ético e cultural, e no momento em que nos encaminhamos para nosso 14º Congresso”.

Por sua parte, o secretário geral do Partido, Víctor Kot, ressaltou que “os comunistas nos reconhecemos nos protagonistas da Semana Trágica, da Patagonia Rebelde, da Reforma Universitária, das grandes greves dos trabalhadores da Forestal, inseridos e protagonistas do Cordobazo, no sangue dos primeiros desaparecidos do país, os militantes comunistas Carlos Antonio Aguirre e Juan Ingalinella. Na luta dos aposentados e na Mesa Coordenadora, na resistência às ditaduras, a Tríplice A e as repressões”.

Víctor Kot ressaltou que “chegamos a nossos primeiros 100 anos de história enfrentando a maior crise conhecida na história do capitalismo, e em nosso país um verdadeiro governo de classe, frente ao qual tem crescido o mal-estar social, e temos sido parte das multitudinárias manifestações contra estas políticas e temos pendente, como tarefa central e de alta complexidade, a construção de uma alternativa política e social a mais ampla e unitária possível que enfrente com êxito as políticas de ajuste, entrega e repressão, e nessa tarefa os e as comunistas estamos comprometidos e devemos redobrar nossos esforços”.

O Partido Comunista do Brasil foi representado nos festejos do centenário do Partido Comunista da Argentina por João Batista Lemos, membro do Comitê Central e presidente do Comitê Estadual do Rio de Janeiro.

Fonte: Resistência, com Gabinete de Imprensa do PCA