Nesta segunda-feira (21), celebrou-se o Dia Internacional contra a Discriminação Racial. Instituída pela Organização da Nações Unidas (ONU), a data vem se consolidando em várias nações como um marco que reforça a luta contra o preconceito racial.

O cenário da luta contra a discriminação racial no país avança, mas o Brasil ainda está longe de garantir condições igualitárias e isso faz com que a celebração se torne mais importante para levantar a consciência social sobre o tema do racismo.

Segundo a deputada federal Alice Portugal (PCdoB-BA), essa situação de desigualdade fica pior ainda “diante do governo mais racista da história do Brasil, que quer acabar com ações afirmativas, como a Lei de Cotas Raciais”.

“Hoje é mais um dia de luta contra toda forma de opressão e contra o governo Bolsonaro. Rebele-se em defesa de uma sociedade livre e igualitária! A luta antirracista tem que ser todo dia”, escreveu em sua conta no Twitter.

O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) também usou suas redes sociais para reverenciar a luta contra a discriminação. “Nossas maiores homenagens aos heróis negros que lutaram e lutam por um Brasil livre do racismo!”, disse.

O parlamentar apresentou o Projeto de Lei 433/2022, que altera a Lei de Cotas (12.711/2012), para dar caráter permanente à política pública que assegura condições especiais de acesso ao ensino superior a estudantes pretos, pardos e indígenas e de pessoas com deficiência, bem como daqueles que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas.

Para o deputado federal Daniel Almeida (PCdoB-BA), é necessário caminhar em direção à igualdade e ao respeito pleno de todos os grupos raciais. “No Dia Internacional Contra a Discriminação Racial, reforço meu compromisso na luta antirracista, no combate a todo o tipo de opressão racial e na defesa dos direitos das populações negras e indígenas”, declarou.

Sobre a data

Criado pela ONU, em 1966, o Dia Internacional contra a Discriminação Racial faz referência ao “Massacre de Shaperville”, que aconteceu em 21 de março de 1960. No episódio, cerca de 20 mil pessoas protestavam na África do Sul contra a “Lei do Passe”, que obrigava pessoas negras a andarem com identificações que limitavam os locais por onde poderiam transitar. No protesto, tropas militares do regime político sulafricano do Apartheid atacaram os manifestantes, matando 69 pessoas e ferindo centenas.