Parlamentares do PCdoB repudiam fala elitista de Guedes sobre Fies
Deputados do PCdoB reagiram, pelas redes sociais, às declarações elitistas e preconceituosas do ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). O ministro disse que a iniciativa foi um “um desastre” e que abriu a universidade a quem “não tinha a menor capacidade”, usando como suposto exemplo o filho de seu porteiro. A declaração foi feita em reunião na terça-feira (27), mas foi tornada pública em reportagens publicadas nesta quinta-feira (29).
O vice-líder do PCdoB na Câmara, deputado federal Orlando Silva (SP), destacou: “No Brasil, o ruminante Paulo Guedes, filhote do cruzamento de banqueiro com pinochetista, é contra todo investimento público e política social, principalmente colocar gente na universidade. Tem medo de ter que encarar o filho do porteiro”.
Orlando classificou Guedes como “figura desprezível” e acrescentou: “Uma pessoa tão pobre que só o que tem é dinheiro. Covarde, gosta de humilhar trabalhador pobre, o ‘porteiro de prédio’ a que ele se referiu. Mas é tchutchuca de miliciano. Que nojo!”.
A deputada federal Professora Marcivânia (PCdoB-AP) declarou: “Se dependesse do ministro Guedes, só entrariam nas universidades os filhos de ricos e apenas teriam chance de uma vida mais longa também somente os ‘bem nascidos’…Esse governo não serve ao Brasil e nem aos mais pobres”.
O deputado federal Daniel Almeida (PCdoB-BA) colocou: “Esnobar pobre e trabalhador é a especialidade de Paulo Guedes, que despreza o Fies, programa que abriu oportunidade para milhares de jovens ingressarem no ensino superior. O filho do porteiro pôde ser médico, engenheiro, jornalista e ter muito orgulho de suas raízes”.
A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) apontou: “Depois do ódio aos chineses, Paulo Guedes voltou sua ira aos filhos dos porteiros que acessam a universidade através do Fies. O que explica um Ministro da Economia ter tempo para dar uma declaração preconceituosa por dia num momento em que milhões passam fome?”.
Por Priscila Lobregatte