Parlamentares do PCdoB rechaçam PEC 32 e apoiam protestos do dia 18
Às vésperas do Dia Nacional de Luta e Paralisações contra a PEC 32, da reforma administrativa, que acontece nesta quarta-feira (18), parlamentares do PCdoB chamaram atenção, por meio das redes sociais, para a necessidade de a sociedade defender os serviços públicos e os direitos dos servidores contra mais este ataque do governo Bolsonaro ao povo brasileiro.
“Amanhã acontecerão diversos atos pelo Brasil em defesa dos serviços públicos e contra as privatizações criminosas de empresas essenciais para o país, como os Correios e a Eletrobrás. Participe. Mobilize-se!”, disse o vice-líder do PCdoB na Câmara, deputado federal Orlando Silva (SP).
A deputada federal Alice Portugal (PCdoB-BA), destacou: “O governo quer aprovar a reforma administrativa (PEC 32) para repassar os serviços públicos à iniciativa privada e beneficiar seus apoiadores, que obterão altos lucros. Para conseguir isso, o governo tem espalhado uma série de mentiras”. Ela acrescentou que “os servidores públicos estão salvando o país na pandemia e como ‘agradecimento’ o governo Bolsonaro quer prejudicá-los com a PEC 32. Não vamos permitir”.
A deputada também reagiu ao fim da estabilidade dos servidores, contido na reforma de Bolsonaro. “A estabilidade trata-se de uma proteção para o Estado e consequentemente para o povo. Querem acabar com a estabilidade, por meio da reforma administrativa, para facilitar investidas criminosas de políticos corruptos”.
Na mesma linha, a deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB-AC) criticou a proposta e a classificou como “PEC da Rachadinha”, dizendo que “é um golpe contra o serviço público brasileiro. A proposta levará à privatização de áreas importantes como saúde e educação, reduzindo o número de concursos públicos e aumentando cargos políticos (o ‘quem indica’). Estamos lutando para barrar a proposta na Comissão Especial da Reforma Administrativa”.
Ela apontou também que “a reforma administrativa não acabará com o ‘privilégio’ dos servidores, assim como diz o governo. Primeiro, os supersalários não estão inclusos na proposta. A verdade é que Bolsonaro quer empurrar de goela abaixo a PEC da Rachadinha, aumentando os cargos de indicação e reduzindo os concursos públicos”.
Os atos do dia 18 de agosto mobilizam servidores públicos das esferas federal, estadual e municipal, em diversos pontos do país, para protestar contra a PEC 32. Está programada uma paralisação geral do funcionalismo, como forma de fazer frente à proposta, que já tramita na Câmara. A matéria já passou pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e pode ser votada até o final deste mês na comissão especial que trata da reforma. Também fazem parte da pauta dos protestos a luta contra as privatizações, contra a inflação e as perdas salariais e em defesa do auxílio emergencial de R$ 600, por vacina para todos e mais emprego.
Por Priscila Lobregatte
Com agências