A catastrófica condução da economia no governo Bolsonaro e seus impactos no aumento da pobreza, do desemprego e das dificuldades enfrentadas pelo povo brasileiro têm sido foco de constante preocupação de lideranças políticas e sociais. Parlamentares do PCdoB têm alertado sobre a deterioração geral do país que, no campo econômico, se reflete em indicadores como a alta da inflação e dos juros, os sucessivos aumentos dos combustíveis e a queda no PIB.

O líder do PCdoB na Câmara, deputado federal Renildo Calheiros (PE) declarou, pelas redes sociais nesta segunda-feira (25), que “é inaceitável a inflação dos alimentos e dos combustíveis que penalizam duramente as famílias brasileiras”.

Nesta segunda-feira (25), a Petrobras anunciou mais um dos inúmeros reajustes no valor dos combustíveis, válido a partir desta terça-feira (26): desta vez, a alta foi de 7,04% por litro da gasolina, elevando o valor, em média, de R$ 2,98 para R$ 3,19. O diesel sofreu aumento de 9,15%. Somente neste ano, nas refinarias, a gasolina subiu 73,4% e o diesel, 65,3%.

Sobre a mais recente elevação, a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), vice-líder da Minoria, colocou: “O ICMS permanece exatamente o mesmo. O imposto, dólar, mercado internacional e adversidades sempre existiram. O que mudou? O presidente. Bolsonaro é o responsável pelo preço da gasolina, diesel e gás de cozinha”. A parlamentar comentou ainda que “isso impacta a vida de todos. É horrível para quem tem caminhão e carro. É ruim para quem anda de transporte público. Mas é ainda pior para quem já não tem condições de comprar alimentos”.

A deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB-AC) lembrou: “Eu disse, quando votamos a mudança no ICMS, que em menos de um mês teria reajuste. Dito e feito. Enquanto Bolsonaro não se preocupar em resolver os reais problemas do Brasil, a gasolina, o gás de cozinha, a carne…tudo continuará subindo”.

Economia em clima de velório

A alta na inflação que corrói o poder de compra das famílias brasileiras, piorando ainda mais a fome e o acesso a bens básicos, também tem gerado críticas dos parlamentares comunistas.

Nesta terça-feira (26), foi divulgado o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), uma prévia da inflação oficial, que registrou 1,20% em outubro e atinge 10,34% em 12 meses. Esta foi a maior taxa para o mês desde 1995 e foi puxada principalmente pelo aumento de 3,91% da energia elétrica e de 2,03% nos combustíveis. Somente a gasolina acumulou mais de 40% em 12 meses.

“Em 2021, a inflação passa de 8% e, no acumulado de 12 meses, ultrapassa 10%. Atingir dois dígitos é um fato incontornável e já compromete 2022. Economia em clima de velório”, comentou o deputado federal e vice-líder do PCdoB, Orlando Silva (SP).

O parlamentar também destacou a percepção do sistema financeiro, um dos sustentáculos da política econômica aplicada por Bolsonaro e Paulo Guedes. “O Itaú já reconhece que o Brasil enfrentará recessão em 2022, com queda de 0,5% no PIB. A dupla Bolsocaro e Paulo Jegues é um monumento à incompetência. Na soma de quatro anos, vão entregar PIB negativo, inflação descontrolada, juros em alta, desemprego e fome. Ruína”.

“Ninguém aguenta mais pagar pela incompetência desse governo. Fora!”, disse a deputada federal Alice Portugal (PCdoB-BA), vice-líder do PCdoB. Ela destacou ainda que “estamos vivendo um dos piores momentos da nossa história: inflação descontrolada, PIB despencando, desemprego, fome, miséria. Esse governo é um escárnio com o sofrimento do povo brasileiro!”.

O deputado federal Rubens Jr. (PCdoB-MA) ironizou: “Essa é uma semana normal de Bolsonaro: já jogou contra a vacina divulgando fake news ligando-a à Aids; novo aumento de combustível na Petrobras. E hoje ainda é terça-feira. Vem mais maldade pela frente. O Brasil aguenta?”.

 

Por Priscila Lobregatte
Com agências