O vereador Claudio Magalhães e o deputado estadual Fabrício Falcão ambos do PCdoB-BA

O deputado estadual Fabrício Falcão e o vereador Claudio Magalhães, ambos do PCdoB-BA, criticaram a Polícia Civil da Bahia (PC-BA) pelo uso do nome de um povo indígena muito presente no estado para batizar uma operação de combate ao tráfico de drogas, homicídio, roubo e corrupção de menores. Para Claúdio, que ocupa uma cadeira na Câmara Municipal de Ilhéus, no território Litoral Sul, a escolha da polícia foi desrespeitosa.

“São esses tipos de associações que propagam a discriminação e criminalização com o nosso povo! Muita falta de conhecimento e respeito com a nossa luta!”, afirmou o vereador, que é indígena, integrante do povo Tupinambá de Olivença, em Ilhéus. Foi justamente ‘Tupinambá’ o nome utilizado pela Polícia Civil na operação deflagrada para desarticular organizações criminosas com atuação no estado e no Rio de Janeiro.

A associação feita causou perplexidade também no deputado Fabrício, que cobrou explicações da Polícia Civil, por reforçar estereótipos e criminalizar os indígenas. Ele lembrou da presença marcante dos Tupinambás na Bahia e citou a comunidade de Olivença, de Cláudio, “que vem resistindo bravamente na luta pela preservação de sua história e costumes”.

“Como deputado estadual e cidadão, cobramos explicações da Polícia Civil baiana sobre a decisão de usar o nome da comunidade indígena e exigimos que esse tipo de vinculação, aparentemente aleatória, mas com desdobramentos extremamente negativos, não aconteça mais”, afirmou o deputado do PCdoB.

A Operação Tupinambá foi deflagrada na última terça-feira (16/03) e cumpriu mandados de prisão nos municípios de Madre de Deus, Candeias, São Francisco do Conde, Simões Filho e Teixeira de Freitas, na Bahia, além do Rio de Janeiro (RJ).

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(BL)