O dia 4 de novembro marca o assassinato, por agentes da ditadura, do líder guerrilheiro comunista Carlos Marighella, em 1969. E neste ano de 2021, a data também marcou a estreia, em circuito nacional de “Marighella – O filme”, dirigido por Wagner Moura. Num momento em que o país enfrenta um de seus piores e mais obscuros momentos sob a presidência de Bolsonaro, o lançamento do filme — que enfrentou diversos obstáculos inclusive do governo para chegar às telas — ganha um significado especial de resistência e luta pela democracia e contra o fascismo.

A data foi lembrada por parlamentares do PCdoB, que comentaram, pelas redes sociais, a importância de Marighella nas lutas do povo brasileiro ontem e hoje. O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) lembrou que Marighella “foi cofundador da Ação Libertadora Nacional (ALN), que esteve na linha de frente do combate armado contra o regime autoritário, sendo uma das principais figuras do movimento. Marighella nasceu em 1911, em Salvador. Seu legado deixou lições e muita admiração”.

Orlando destacou ainda as mais recentes obras realizadas em sua homenagem, como a música do Racionais “Mil faces de um homem leal” e o filme “Marighella”, dirigido pelo ator Wagner Moura. “Que seu legado seja combustível para enfrentarmos esses tempos difíceis. Viva, Marighella!”, finalizou.

A também conterrânea de Marighella e Orlando, deputada federal Alice Portugal (PCdoB-BA) citou frase de um dos atores do filme, Bruno Gagliasso, que vive um agente da ditadura.“‘Não se posicionar, é se posicionar!’ Em uma realidade nacional mergulhada em problemas, cheia de defensores da ditadura, o filme “Marighella” chega aos cinemas. Conhecer a vida desse escritor, político, comunista e ex-guerrilheiro, considerado o ‘inimigo número 1’ do regime, lança luz sobre um passado que precisamos não esquecer. Vamos ao cinema”.

O deputado federal Daniel Almeida (PCdoB-BA), também baiano, comentou: “Que o exemplo da luta de Carlos Marighella, nosso grande guerrilheiro contra a ditadura militar e pela defesa dos direitos humanos, nos inspire a continuar na construção de um novo amanhã. Marighella, presente!”.

Por Priscila Lobregatte