Para Sindicato, projeto representa o fim da Seguridade Social e o aprofundamento da desigualdade.

O Sindicato dos Médicos de São Paulo (SIMESP) aprovou em assembleia da categoria a adesão à Greve Geral do dia 14 de junho contra a reforma da Previdência (PEC 06/2019).
Para Juliana Salles, diretora do SIMESP, a reforma coloca em “xeque a saúde da população que vai trabalhar por mais tempo em condições cada vez mais precárias, sem qualquer garantia de direitos”.
Juliana afirma que o conteúdo proposto pela reforma da Previdência com mudanças no tempo de contribuição e idade mínima e nas regras para concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e a instituição do regime capitalização individual, é incompatível com a defesa da seguridade social que engloba Previdência, Saúde e Assistência Social.
Em nota o divulgada nas redes sociais, o SIMESP avalia que “se aprovada, a PEC será a continuação do projeto de precarização das relações de trabalho iniciado com a reforma trabalhista, aprovada em 2017, representando o fim de um dos mais importantes direitos trabalhistas hoje consolidados: a aposentadoria. A proposta de nova Previdência se caracteriza por uma corrida de obstáculos sem linha de chegada, que marca o fim da seguridade social e o aprofundamento da desigualdade, por meio da desconstitucionalização do direito à aposentadoria.”.
A reforma apresentada por Bolsonaro/Guedes prevê a desconstitucionalização da Previdência, podendo o Congresso alterar pontos importantes da matéria por meio de lei complementar que exige um número de menor de votos no Congresso Nacional, acabando com a previsibilidade que deveria ser assegurada pelo regime.