Para OAB, “atos de Bolsonaro no 7 de Setembro configuram crime”
O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, afirmou, em entrevista à rádio CBN, na manhã desta quarta-feira (8), que a postura golpista do presidente Bolsonaro no dia de ontem “foi um sequestro do 7 de Setembro” e que “a sociedade espera, do Senado e da Câmara, uma atitude firme em defesa da democracia”.
O presidente da OAB disse ainda que hoje mesmo a entidade está entrando com uma petição para saber os custos desses atos, “que foram organizados pelo presidente com dinheiro público”.
“Foram atos de campanha, com ataques à Constituição, ao judiciário, feitos com dinheiro público. Queremos saber quanto custou”, disse.
Santos Cruz falou que, “esse ódio todo de Bolsonaro ao ministro Alexandre de Moraes nada mais é do que para se proteger, e aos seus aliados, do inquérito que o ministro vem conduzindo para apurar quem são os financiadores da máquina de fake news para atingir os adversários do presidente, que cada vez mais se aproxima da sala de Bolsonaro”.
“Ele quer se proteger e proteger os seus aliados da apuração desses crimes”, disse.
Referindo-se mais uma vez às falas de Bolsonaro nos atos do 7 de setembro, Santa Cruz afirmou que, conforme já se pronunciaram na noite de terça-feira, “alguns dos mais importantes juristas do país, há configuração de crime”.
“A participação do presidente em atos que afrontam a Constituição, ainda por cima em uma data cívica, que é de todos os brasileiros, configura crime, e a sociedade está olhando para o Congresso Nacional, para o legislativo, para os presidentes do Senado e da Câmara, Rodrigo Pacheco e Arthur Lira, que são sabidamente democráticos, para que cumpram o seu papel histórico em defesa da democracia”, afirmou.