Cuba continua nesta quarta-feira (17) suas comemorações nacionais pela reabertura, iniciadas no dia 15, enquanto o ciberespaço financiado pelos Estados Unidos amanhece com as repercussões de uma suposta marcha que paralisou o país, sem fotos, é claro.

Por Isaura Diez Millán

Os alunos comemoram seu dia internacional nas salas de aula presencialmente, a nação retoma os espaços culturais e socioeconômicos, a 31ª Caravana de Pastores pela Paz, dos Estados Unidos, se reuniu com a sociedade civil e quase 20 mil veranistas chegaram na véspera à ilha.

No entanto, para alguns sites que promovem a mudança de regime, Cuba está um caos, com militarização nas ruas e repressão em todas as esquinas após uma mobilização geral que, segundo operadores políticos em Washington, ainda mantém o território paralisado.

Já não basta que redes sociais como o Twitter adulterem tendências e priorizem os rótulos de grupos desestabilizadores sobre a “hashtag” #CubaVive, de longe a mais citada na rede.

Meios de comunicação como El País, The New York Times e CNN, para citar alguns exemplos, prepararam o terreno antes de 15 de novembro para uma suposta marcha (inconstitucional) que duraria dias e seguiria o conselho da Fundação Nacional Cubano-Americana (CANF): vestir-se de branco e carregar uma rosa.

Setores da extrema-direita em Miami e altos funcionários do governo nos Estados Unidos ameaçaram a ilha com a imposição de novas sanções se o governo impedisse essa manifestação.

Nos últimos dias, autoridades e imprensa da nação caribenha evidenciaram os vínculos de Yunior García, um dos principais arquitetos da marcha, com terroristas, movimentos e organizações sediadas no país do norte, que defendem a mudança do sistema político em Cuba.

Além disso, diversos especialistas concordam que a desestabilização faz parte do roteiro de um golpe suave ou de uma guerra não convencional a ser aplicada na maior ilha das Antilhas.

Com esses elementos, Cuba chegou no dia 15 de novembro e os alunos do ensino fundamental voltaram às suas salas de aula, as fronteiras foram reabertas e o país celebrou o controle do Covid-19.

Na véspera houve eventos festivos, uma feira, uma iniciativa dos jovens em apoio à Revolução, concertos e sim, alguém caminhou segundo os conselhos do CANF, mas o calçadão de Havana continuou como está e o país esteve tranquilo.

No entanto, a realidade alternativa que alguns sites e meios de comunicação querem vender falam de rebelião, razão pela qual “memes” e a surpresa inundaram as redes sociais nesta quarta-feira com a partida secreta de Yunior García para a Espanha.

O principal promotor da mudança na ilha chegou a Madrid, sem sequer avisar o seu grupo “Arquipélago” da saída precipitada (1), talvez seja como dizem os “memes” e entendemos mal: o slogan não era Pátria e Vida, era Pátria e Visa, certo?

1 – O grupo pró-EUA, Arquipélago, “denunciou” o “desaparecimento” de Yunior García, enquanto o mesmo tranquilamente viajava para a Espanha com visto de turista (NR).

__

Fonte: Prensa Latina via i21