O empresário-pastor Jackson Villar.

O pastor Jarkson Vilar da Silva, um dos organizadores da moda chamada ‘motociata’ com Jair Bolsonaro (PL), na última sexta-feira (15) em São Paulo, recebeu 16 parcelas de auxílio emergencial do governo federal, segundo informações do Portal da Transparência.

De acordo com informações do portal G1, o pastor embolsou R$ 5,7 mil do benefício — destinado às camadas mais pobres da população —, entre abril de 2020 e outubro de 2021.

Jarkson vinha divulgando nas redes dele o passeio “Acelera para Cristo” com a participação de Bolsonaro. Os participantes que quisessem guiar suas motos numa área determinada próxima ao presidente deveriam pagar R$ 10.

O pastor foi candidato a deputado federal pelo Pros, em 2018, mas não se elegeu.

A motociata de Bolsonaro saiu do Anhembi, em São Paulo, e seguiu até Americana, no interior paulista. Vários trechos da rodovia dos Bandeirantes foram bloqueados, o que gerou longo congestionamento no fim da tarde daquela sexta-feira.

Em 10 de setembro de 2021, o empresário gravou vídeo com série de ataques ao presidente da República, chamando-o de “canalha”, “traidor” e de “merda”.

O caso ocorreu depois de o presidente estimular os seguidores dele nos discursos do 7 de setembro, principalmente contra o STF (Supremo Tribunal Federal), e logo depois recuar e divulgar “Declaração à Nação” garantindo que nunca teve intenção de atacar outros poderes.

“Não acredito em Bolsonaro mais. Podem me chamar de traidor, do que você quiser, canalha. Traidor que quer andar de helicóptero para sobrevoar vendo a gente. Vou queimar minha camisa com o nome Bolsonaro. Você não merece respeito, Bolsonaro. Você traiu os motociclistas, os caminhoneiros. Bolsonaro, vai à merda”, vociferou na época.

Bolsonaro viaja para se divertir e fazer campanha eleitoral antecipada e quem paga a conta é o povo brasileiro.

O reforço de policiamento por conta da motociata custou R$ 1 milhão aos cofres públicos, informou a SSP (Secretaria da Segurança Pública) do governo de São Paulo, em nota.

Efetivo de mais 1,9 mil policiais militares foi empregado na operação, conforme o órgão, para “proteger as pessoas, preservar patrimônios e garantir o direito de ir e vir, bem como o de livre participação no ato e a fluidez no trânsito”. O patrulhamento foi intensificado desde as primeiras horas do dia em todas as áreas, segundo a SSP.