Uma criança de cinco anos de idade entre os mortos pelos ataques de Israel

O Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, através de seu escritório na Palestina, declarou que deplora as perdas humanas e o dano a objetos civis causados por três dias de bombardeio aéreo à Faixa de Gaza sob cerco.

De acordo com o informe da agência palestina Wafa, em seu comunicado, a sucursal da ONU destaca que fazer Israel responder por seus ataques é chave para deter a recorrência da agressão.

Segundo o levantamento da comissão, foram 46 mortos, incluindo 16 crianças e 360 feridos. Entre os feridos foram atingidas 151 crianças, 58 mulheres e 19 idosos.

“Estes números e o significativo dano causado a objetos civis, como reportado por organizações parceiras na defesa dos direitos humanos, levantam uma grave preocupação no que diz respeito à transgressão aos princípios que regem a lei humanitária internacional quanto à distinção, proporcionalidade e precaução nas áreas conflitadas. Um número de bombas israelenses atingiu em primeiro lugar objetos civis, causando baixas civis. São ataques que a Lei Internacional proíbe, em especial os que podem incidir na morte ou ferimento de civis ou em dano a objetos civis de forma desproporcional pelo uso de vantagem militar antecipada”.

O comunicado demanda uma “imediata, independente, abrangente, imparcial e transparente investigação a ser conduzida diante de todos os incidentes nos quais civis são mortos ou feridos”.

Diz ainda que “uma quase total falta de cobrança persiste diante das violações da Lei Humanitária Internacional em escaladas prévias e diante das em curso e recorrentes violações por parte de Israel das convenções sobre ocupação nos territórios palestinos que ocupa”.

A representação da ONU enfatiza que este é um dos motores das repetidas escaladas nas hostilidades e encoraja o recurso à violência”.

A situação agravada com o recente ataque vem sobre extremamente elevadas necessidades humanitárias que pesam sobre a população de Gaza como resultado de 15 anos de bloqueio, assim como das devastadoras escaladas na agressão, a anterior há cerca de um ano”.

“O Comissariado de DH da ONU já conclamou Israel a cessar com as violações, incluindo o bloqueio a Gaza, que, afirma, constitui punição coletiva que atinge toda a população de Gaza”, destaca o escritório da ONU em Ramallah.